Autor: Lusa/AO online
Com a vantagem trazida da primeira mão (1-0), o médio do FC Porto, que dispôs de outras duas soberanas ocasiões, deu a vitória à “equipa das quinas”, aos 56 minutos.
A selecção lusa fez um jogo mais pragmático, sem arriscar muito, num encontro em que a defesa – com destaque especial para o trio Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Pepe – soube resistir sempre às ofensivas contrárias.
Este triunfo permite a Portugal participar no seu quinto mundial e terceiro consecutivo, mantendo o pleno de qualificações para competições internacionais no século XXI.
Com Deco limitado e no banco, o seleccionador português, Carlos Queiroz, apostou em Tiago para o meio-campo, mantendo a restante equipa que venceu a Bósnia-Herzegovina no Estádio da Luz.
Na selecção bósnia, o técnico Miroslav Blazevic perdeu à última hora o “cérebro” da equipa, Misimovic, que se lesionou na terça-feira, juntando-se nos indisponíveis a Spahic, Rahimic e Muratovic, castigados.
O estado do relvado e a pressão dos bósnios dificultaram, sobretudo nos primeiros 15 minutos, a construção de jogo da selecção portuguesa, mas não evitou o primeiro lance de perigo para Portugal, com um cabeceamento de Tiago, que saiu à figura de Hasagic.
Apesar da pressão bósnia, a defensiva portuguesa mostrou-se sempre bastante segura, com excepção de algumas incursões pela esquerda da defesa lusa – em que Simão pouco ajudou Duda - ou de dois lançamentos longos para Dzeko.
Contudo, a grande oportunidade do primeiro tempo surgiu na área da Bósnia-Herzegovina, quando, após a melhor jogada portuguesa, Tiago isolou Raul Meireles, que rematou contra Hasagic.
Com vantagem na eliminatória, Portugal entrou mais tranquilo para a segunda parte e esteve perto de sentenciar a eliminatória, logo aos 49 minutos, mas Nani, após excelente finta sobre um adversário, permitiu a defesa a Hasagovic.
O extremo do Manchester United acabaria por ser decisivo, ao fazer a assistência, após bom trabalho de Liedson, para Raul Meireles colocar definitivamente Portugal no Mundial2010, com um remate colocado, aos 56 minutos.
Com a Bósnia-Herzegovina a precisar de marcar três golos, a “equipa das quinas” passou a ter espaços e Raul Meireles voltou a ter uma oportunidade, mas, lançado por Simão, atirou ao lado.
Nani ia fazendo a “vida negra” aos defesas contrários, mas foi já sem o extremo em campo que os bósnios criaram a sua melhor oportunidade, num livre directo de Pjanic, a que Eduardo correspondeu com uma excelente intervenção, aumentando para 498 minutos a inviolabilidade das redes lusas.
Aos 76 minutos, o jogo esteve interrompido depois de um dos árbitro auxiliares ter sido atingido por um objecto lançado da bancada, logo após o árbitro italiano Roberto Rosetti ter expulsado Salihovic.