Autor: Lusa/AO Online
Segundo os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de dezembro de 2024, a população residente na Madeira era de 259.440 pessoas, sendo 123.222 homens e 136.218 mulheres.
De acordo com a informação da DREM, esta região “manteve, pelo sexto ano consecutivo, a tendência de crescimento populacional, com mais 2.818 pessoas face a 2023 (256.622 pessoas, 120.996 homens e 135. 626 mulheres)”, apontando que este “total populacional é o mais elevado desde 2014”.
Na análise é sublinhado que o saldo migratório registado em 2024 (+3.599), “correspondente à diferença entre os indivíduos que vieram de fora para residir na Região e os que saíram, deixando de ser residentes, foi determinante para o aumento da população residente neste ano, sendo o mais elevado desde que é apurado pelo INE (1981)”.
A DREM considera que “este saldo compensou a evolução desfavorável do saldo natural (diferença entre nados-vivos e óbitos), que, embora negativo, melhorou face a 2023, passando de -1.040 para -781”.
Ainda destaca que os maiores acréscimos populacionais em termos relativos foram registados nos municípios de São Vicente, Porto Santo e Porto Moniz, apresentando todos os concelhos uma taxa de crescimento efetivo positiva.
A nota refere que, em 2024, a densidade populacional da região era de 323,9 habitantes por quilómetro quadrado, sendo o Funchal o município a registar o maior valor (1.418,6 Hab/KM2), contrastando com Porto Moniz, que apresentava o mais baixo (31,3 Hab/Km2).
A proporção de jovens (população com menos de 15 anos) voltou a diminuir em 2024, representando 11,9% da população total (12,2%, em 2023), sendo que o índice de envelhecimento, que relaciona o número de idosos por cada 100 jovens, voltou a aumentar, fixando-se em 178,7 pessoas.
“Os valores mais baixos foram observados em Santa Cruz (116,1) e Câmara de Lobos (117,4), sendo que em todos os municípios o número de idosos supera o número de jovens”, acrescenta.
Quanto à idade mediana da população residente na região, que corresponde à idade que divide a população em dois grupos de igual dimensão, passou de 46,9 anos (2023) para 47,2 anos (2024).
O número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos), traduzido pelo índice sintético de fecundidade, aumentou para 1,25 filhos por mulher (1,22 em 2023), “permanecendo consideravelmente abaixo do valor necessário para assegurar a substituição das gerações (2,1 filhos por mulher em idade fértil)”, lê-se no documento.
No ano passado, aconteceram 1.793 nados-vivos, filhos de mães residentes na Região, mais 46 crianças (+2,6%) em comparação com 2023, correspondendo a uma taxa bruta de natalidade de 6,9 nados-vivos por mil habitantes.
No que diz respeito a casamentos, o número atingiu o valor mais elevado dos últimos 17 anos (1.225 casamentos), correspondendo a uma taxa bruta de nupcialidade de 4,7 casamentos por mil habitantes, em 2024.
O número de casamentos dissolvidos por morte de um dos cônjuges atingiu o valor mais baixo desde que há registo (em 1981), tendo sido dissolvidos 932 casamentos por morte.
“Em consequência, a taxa bruta de viuvez atingiu um mínimo histórico de 3,6 viúvos por mil habitantes em 2024, diminuindo relativamente a 2023 (4 viúvos por mil habitantes)”, acrescenta a análise.