Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Falando durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o social democrata lembrou que os cabos submarinos “constituem o único elo de ligação, em termos de comunicações eletrónicas com as regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.
Sobre os atuais equipamentos, Paulo Moniz recordou que se tratam de cabos “implementados no ano 2000, e que têm um período de vida útil de 25 anos, estando assim à beira de terminar a sua capacidade de veicular o tráfego”, explicou, citado em comunicado.
O deputado quis saber “qual é o valor global que se aponta de investimento para a sua substituição, e qual deste valor se encontra inscrito no OE2020”, perguntou ao governante, sublinhando que “esta é também uma matéria de coesão nacional, pois trata-se da única forma de comunicação eletrónica que os Açores têm”, disse.
Para explicar a sua importância, Paulo Moniz exemplificou que “uma falha nestes cabos, quer por terem atingido o limite de vida útil, ou por uma avaria grave, significa que o modo de vida como o conhecemos deixa de existir: tráfego aéreo, banca, internet, pode parar toda a atividade económica dos Açores”.
Paulo Moniz referiu ainda que os atuais cabos “impõem uma desigualdade digital aos Açores e à Madeira, uma vez que o regime de exploração monopolizado em vigor, não permitiu que os açorianos tivessem acesso a uma oferta diversificada de telecomunicações, como ocorre no restante todo nacional”.
“A esse nível, pretendemos saber qual é o modelo de exploração que está previsto para acabar com essa mesma desigualdade digital”, concluiu o social democrata.