Açoriano Oriental
Parceria de ordens profissionais defende autonomia de excelência nos Açores
Uma parceria de oito ordens profissionais defendeu hoje uma "autonomia de excelência" para os Açores que tenha em consideração a importância do parecer técnico na decisão pública.
Parceria de ordens profissionais defende autonomia de excelência nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

“Pretendemos definir a autonomia como uma autonomia de excelência para todos, que não é possível sem a maior e mais desejável influência técnica na decisão da escolha pública”, defendeu hoje o presidente do Conselho Regional dos Açores da Ordem dos Advogados.

Elias Pereira falava numa conferência de imprensa, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, para apresentação de uma conferência promovida pela parceria.

O projeto envolve as delegações dos Açores das ordens profissionais dos advogados, biólogos, engenheiros técnicos, economistas, médicos veterinários, nutricionistas, farmacêuticos e psicólogos.

Elias Pereira apontou a necessidade de, nos Açores, à semelhança do que existe a nível nacional, haver uma parceria, nomeadamente o Conselho Nacional das Ordens Profissionais, composto por 16 ordens, “devidamente reconhecida” pelo Estado e que foi recentemente recebida pelo Presidente da República, sendo um “parceiro na pré-análise da decisão pública”.

O responsável nos Açores pela Ordem dos Advogados afirmou que se pretende com este projeto “dar um contributo para a região com profissionais e técnicos” e ter uma “atitude proactiva” das ordens no sentido de apurar “o que será a profissão dentro de dez anos no regime autonómico” e “de que é que a autonomia poderá beneficiar” do trabalho destes profissionais.

“Defendemos, quer na vertente da administração pública, quer na componente privada, uma ponderação cada vez maior da parte técnica na decisão”, declarou Elias Pereira, acrescentando que se quer “enriquecer o contributo dado à sociedade”.

Elias Pereira salvaguardou que o surgimento deste projeto com a proximidade de eleições legislativas regionais nos Açores, a 16 de outubro, é uma “coincidência temporal”.

A responsável nos Açores pela Ordem dos Psicólogos, Maria Melo, afirmou, por seu turno, que a ideia de unir as ordens em torno de um projeto comum surgiu na sequência de uma visita feita ao Parlamento Europeu.

Maria Melo adiantou que se pretende “trabalhar em conjunto em prol dos Açores”, designando esta união de “parceria entre as ordens profissionais” que deseja mais abrangente.

O primeiro evento que as ordens vão promover está associado à autonomia dos Açores e tem como orador Miguel Monjardino, professor universitário e especialista em relações internacionais, na sexta-feira, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional, em Ponta Delgada.

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