Açoriano Oriental
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PAN quer uma "cozinha mais diversificada" no parlamento regional

Na cozinha de um restaurante de Ponta Delgada, o porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves, defendeu hábitos alimentares mais saudáveis e deixou a receita para domingo, dia das eleições regionais: uma “cozinha mais diversificada” no parlamento.

PAN quer uma "cozinha mais diversificada" no parlamento regional

Autor: Lusa/AO Online

No último dia de campanha, Pedro Neves contactou com a população e com funcionários do comércio local da maior cidade açoriana, distribuindo panfletos e máscaras, e acabou a ação de campanha num restaurante vegetariano, onde preparou, com a ajuda do chefe de cozinha, um prato de seitan com puré de ervilhas, cebolada e batata assada.

Mas para a noite eleitoral de domingo, Pedro Neves já tem a receita definida. Manifesta-se confiante de que o partido vai conseguir ter “representação parlamentar”, pelo que o objetivo é uma "cozinha mais diversificada" no parlamento regional.

“Estamos bastante confiantes de que vamos ter uma representação parlamentar […]. Andámos todos os dias na rua e vemos que as pessoas têm mais confiança em nós e querem mesmo que nós estejamos no parlamento, porque sabem que nós vamos mudar a política, que é uma política que já está bafienta e obsoleta”, afirmou aos jornalistas, enquanto a chapa aquecia para receber o seitan.

O porta-voz do PAN/Açores faz, por esse motivo, um balanço “muito bom” da campanha eleitoral do partido, mas deixa um apelo ao voto no domingo, sublinhando que, com uma elevada abstenção, é difícil aos partidos mais pequenos conseguirem entrar no hemiciclo regional.

“Falta sair de casa no domingo e votar e isso é que faz toda a diferença. É mais seguro votar do que ir a um café”, afirmou, numa referência à pandemia da covid-19.

Aliás, foi esse pedido que Pedro Neves mais fez durante a tarde, nos contactos com a população no centro da cidade e com os funcionários ou proprietários que encontrou nas lojas de comércio local.

“O poder no domingo é seu”, disse à funcionária de uma loja, prometendo que o PAN, se entrar no parlamento regional, vai ser “uma voz diferente”, não fazendo coligações com "nenhum partido".

No meio da rua, enquanto recebe um panfleto e uma máscara do partido, uma mulher confessa que não conhece o PAN. “Pessoas, Animais e Natureza”, explica o porta-voz regional do partido, recomendando que leia as propostas eleitorais.

“Estamos a tentar sobreviver. Peço que tenha algum cuidado com o comércio local se for eleito”, pede o funcionário de uma loja de roupa.

Sobre este tema, Pedro Neves lembra a necessidade de mais ajudas, tanto aos funcionários como aos proprietários, que, a seu ver, “não tiveram os melhores apoios”.

“Queremos dar esses apoios, para que as lojas não fechem. Se isso acontecer fecha a dinâmica económica dos Açores”, lamentou o também candidato pelos círculos de São Miguel e de compensação.

No domingo, há 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

O PAN concorre por sete dos dez círculos, não apresentando listas nas ilhas do Corvo, Graciosa e Santa Maria.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.


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