Autor: Lusa/AO online
Numa nota de imprensa, a Ordem dos Médicos Dentistas informa que lhe chegaram denúncias “de falta de condições e de materiais que impedem a realização de tratamentos, como restaurações e desvitalizações, e limitam a atuação dos médicos dentistas durante as consultas à extração de dentes”.
Citado na mesma nota, o representante da Região Autónoma dos Açores no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, Artur Lima, exige “urgência nos esclarecimentos para saber se os cuidados de saúde oral prestados aos utentes da Unidade de Saúde da Ilha do Corvo são adequados e se cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.
“Por outro lado, em consonância, pretendemos também aferir se os médicos dentistas que se deslocam ao referido serviço têm ao dispor todas as condições e equipamentos e materiais necessários para tal”, adianta Artur Lima, que é líder do CDS-PP/Açores e deputado no parlamento regional.
O responsável diz ainda temer que as limitações denunciadas “possam estar a colocar em causa a saúde dos utentes” daquela unidade de saúde, pelo que a Ordem pretende, igualmente, “saber se as instalações onde decorrem as consultas de medicina dentária cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.
Na missiva enviada ao secretário regional da Saúde, Rui Luís, a Ordem dos Médicos quer saber também “o número e a frequência das deslocações de médicos dentistas à Unidade de Saúde da Ilha do Corvo e mostra-se disponível para colaborar em todas as diligências que venham a ser necessárias”.
Contactada a secretaria, esta fez saber que “tem vindo a acompanhar a situação da medicina dentária no Corvo e irá avaliar, em conjunto com os médicos dentistas que se deslocam àquela ilha, as necessidades efetivas e as condições em que estão a ser realizadas estas consultas".
Atualmente,
há quatro médicos que, de forma rotativa, se deslocam à ilha, a mais
pequena e a menos populosa do arquipélago, com cerca de 450 habitantes, e
realizam consultas uma semana por mês.