Açoriano Oriental
Orçamento municipal de Santa Cruz da Graciosa reforçado em 2015
O orçamento municipal de Santa Cruz da Graciosa para 2015 terá um reforço de cerca de 200 mil euros e foi aprovado pela maioria socialista, com os votos contra do PSD.
Orçamento municipal de Santa Cruz da Graciosa reforçado em 2015

Autor: Lusa/AO online

 

Segundo Manuel Avelar Santos, presidente da Câmara Municipal da Graciosa, o aumento de verbas é justificado por duas "grandes obras", com recurso a fundos comunitários, que totalizam cerca de 1,8 milhões de euros.

No total, o orçamento, aprovado na semana passada em assembleia municipal, tem uma dotação total de 5,4 milhões de euros.

Em declarações à Lusa, o autarca destacou como principais obras a construção de um parque industrial e a renovação da rede de águas, já que "um terço da ilha tem uma rede com mais de 30 anos".

De acordo com Manuel Avelar Santos, esta última obra será realizada neste e nos próximos mandatos, dada a sua dimensão, representando em 2015 um investimento de cerca de um milhão de euros.

"Esperamos lançar estas obras logo que estejam disponíveis as verbas do novo quadro comunitário", frisou.

O autarca disse ainda que o orçamento dá também prioridade à área social, mantendo bolsas, incentivos à natalidade e apoios aos idosos.

No entanto, o PSD votou contra o documento, alegando que a maioria socialista não quis aceitar as suas propostas de alteração.

Os deputados social-democratas defendiam a devolução da variável de IRS aos munícipes, à semelhança do que foi feito no mandato anterior, em que o PSD teve maioria na assembleia municipal, bem como o aumento da verba para apoio à natalidade.

Segundo João Bruto da Costa, líder da bancada parlamentar da oposição, em 2015, a autarquia de Santa Cruz da Graciosa contará com um "aumento de receitas correntes", por via do aumento da receita fiscal (IMI e IRS), mas em vez de devolver a variável de IRS aos munícipes vai aumentar as despesas correntes.

Os social-democratas alegaram ainda que o documento apresentado pelo executivo camarário "não reflete a realidade" e mantém um número "virtual" de transferências do Estado, porque já era conhecido que a autarquia receberia um acréscimo de mais de 200 mil euros e esse montante não está inscrito no orçamento.

Por sua vez, o presidente da câmara considerou que seria melhor utilizar o montante da variável de IRS em investimentos que servissem "toda a população", porque a devolução beneficiaria apenas a classe média, excluindo quem ganha o ordenado mínimo.

Manuel Avelar Santos admitiu que há um "desfasamento" nas transferências do Estado, alegando que o orçamento municipal foi votado antes de o Orçamento de Estado estar totalmente aprovado, mas disse que essa situação será corrigida posteriormente.

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