Açoriano Oriental
OE2011
Orçamento de Estado é a "continuação para o abismo”
O líder da CGTP, Carvalho da Silva, considerou hoje que este “Orçamento do Estado é a continuação para o abismo”, acusando Governo e PSD de terem feito uma “encenação em torno de discussão de pormenores” do documento.
Orçamento de Estado é a "continuação para o abismo”

Autor: Lusa/AO online

Em declarações à Agência Lusa, Carvalho da Silva afirmou que “não há novidade nenhuma” no acordo a que chegaram Governo e PSD sobre o Orçamento do Estado para 2011. “Há um identidade absoluta entre o Governo e o PSD naquilo que são os aspetos fundamentais que estão nesta proposta do Orçamento do Estado, que conduzem ao empobrecimento generalizado dos portugueses e agravamento da pobreza para algumas camadas de uma forma muito violenta”, condenou. Para o líder da CGTP, durante as negociações sobre o Orçamento, não foi discutido aquilo que é “fundamental” para o país. “Deviam ser discutidas aquilo que são alternativas a isto: políticas que criem emprego, que dinamizem o crescimento económico e o desenvolvimento do país, que combatam as desigualdades”, enumerou. Acusando PSD e Governo de terem feito “toda uma encenação em torno de discussão de pormenores” do Orçamento, Carvalho da Silva acrescentou que há ainda “interesses em todo o centrão económico, político, financeiro” que “apoia e quer ver Cavaco Silva reeleito” como Presidente da República. “Há aqui um conjunto de fatores que havia de conduzir, como conduziram, a que este entendimento, mais tarde ou mais cedo, se viesse a concretizar mas o que é preciso é sair desta situação e este Orçamento do Estado é a continuação para o abismo”, sintetizou. O sindicalista disse ainda à Agência Lusa que este “não é um Orçamento definitivo”, e que vai ter “duas, três, quatro recauchutagens” durante 2011. “Com este Orçamento não há saídas e aquilo que o país precisa é que o tempo de discussão do Orçamento do Estado coloque a nu que, aqueles que estão no poder e aqueles que estão a preparar os fatos para ir para o poder, não têm alternativas”, sublinhou.

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