Operação Furacão começou há quatro anos e já permitiu recuperar cerca de 200 milhões de euros

Dezenas de milhares de euros já foram recuperados pelos cofres públicos durante o mega-processo Operação Furacão, revelou em Brasília o procurador-geral da República (PGR) português, para quem a investigação já deveria ter terminado.


Na avaliação do PGR, o processo envolvendo grandes empresas portuguesas em esquemas de evasão fiscal e branqueamento de capitais já deveria ter terminado.

"O país, que não está muito bem economicamente, não pode estar suspenso por processos que se arrastam há anos nos tribunais", afirmou à agência Lusa o PGR, lembrando que uma empresa com um processo na Justiça perde o crédito e a credibilidade.

As primeiras buscas no âmbito da Operação Furacão foram realizadas a bancos e escritórios de advogados a 17 Outubro de 2005, mas o início da investigação recua a Março de 2004.

Fernando Pinto Monteiro disse ser contra os grandes processos e que as instruções actuais do Ministério Público são no sentido de evitá-los.

Segundo o procurador-geral, o processo resultante da Operação Furacão foi repartido em 10 outros e agora "está perto do fim".

"Depende dos investigadores oficiais. Peço-lhes, com insistência, que dêem fim ao processo", salientou.

De acordo com Pinto Monteiro, quando o procedimento terminar serão arquivadas as acusações de sociedades, empresas e bancos que já pagaram as suas dívidas e cujos ilícitos não são muito graves. As outras empresas e sociedades, devido à gravidade das fraudes, serão acusadas.

"O país não pode mais perder tanto tempo com isso", finalizou o PGR, em declarações à Lusa.

A Operação Furacão, considerada a maior investigação em Portugal, incidiu simultaneamente em instituições financeiras e empresas de vários sectores de actividade, nomeadamente banca, construção civil e casinos, por práticas de evasão fiscal nos anos de 2003 a 2005, que terão lesado o Estado em mais de 200 milhões de euros

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