Autor: Lusa/AO Online
"Não acreditamos que este surto seja o início de uma nova pandemia porque é um vírus já conhecido, temos as ferramentas para controlá-lo e a nossa experiência diz-nos que não é transmitido tão facilmente em humanos como em animais", adiantou a especialista em varíola da OMS Rosamund Lewis.
Até agora, desde que o Reino Unido reportou o primeiro caso confirmado de Monkeypox a 7 de maio, a OMS recebeu um total de 257 notificações de casos confirmados em laboratório e cerca de 120 suspeitos distribuídos por 23 países.
Numa sessão de esclarecimento nas redes sociais da organização, Rosamund Lewis alertou que, embora o risco de representar uma grave emergência de saúde pública seja baixo, a situação é "incomum", alegando que o vírus está a propagar-se rapidamente em países onde não é endémico.
A perita do programa de emergências de saúde da organização com sede em Genebra instou ainda as autoridades a trabalhar em conjunto com a OMS para implementar as medidas necessárias para ajudar a conter o surto.
De
acordo com Rosamund Lewis, dos 257 casos confirmados, nenhum está
relacionado com viagens a países onde a doença é endémica na África
Central e Ocidental e, por isso, os especialistas continuam a
investigar a origem do surto.