Açoriano Oriental
Observatório do Atlântico será gerido por associação privada sem fins lucrativos com sede na Horta

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, disse que o Observatório do Atlântico, “deverá tomar a forma de associação privada sem fins lucrativos, com sede na Horta", considerando a proposta existente. Acrescentou ainda que “já existem identificadas várias fontes potenciais de financiamento, incluindo dois milhões de euros dos fundos EEA Grants”, mecanismos financeiros do Espaço Económico Europeu e da Noruega.

Observatório do Atlântico será gerido por associação privada sem fins lucrativos com sede na Horta

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Citado em nota do Gacs, Gui Menezes referiu que o Observatório do Atlântico “irá funcionar em rede, envolvendo várias entidades [científicas] de referência, nacionais e estrangeiras”, acrescentando que “pretende ser um polo agregador daquilo que de melhor se faz no país e na Região, em particular, na produção do conhecimento sobre o Oceano e na sua transferência para o tecido económico”.


O secretário sublinhou ainda que este projeto “deverá albergar várias linhas de investigação, nomeadamente a conservação e a biodiversidade, a biotecnologia e tecnologias marinhas”, frisando que será “um parceiro da rede nacional do AIR Center, que está a ser dinamizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)”.

Lembrando que foi criada uma Comissão Instaladora do Observatório do Atlântico, onde a Região está representada pelo biólogo Frederico Cardigos, Gui Menezes, disse que já foram realizadas cinco reuniões.

“Já existe um 'draft' que está a ser concluído” sobre o plano de trabalhos e o funcionamento do Observatório do Atlântico, disse, acrescentando que “foram ouvidos vários investigadores e instituições científicas, incluindo a Universidade dos Açores”.

Relativamente ao Centro de Investigação Internacional do Atlântico - AIR Center, Gui Menezes recordou que os Açores integram a Comissão Instaladora e que têm sido realizadas “várias reuniões de alto nível para motivar o interesse de vários países [para este projeto] e para se discutir o seu plano científico”.

O Secretário Regional adiantou também que o modelo de governação deste centro “deverá aproximar-se do modelo de um projeto que já existe no Mediterrâneo, envolvendo países do Magreb e da União Europeia, o PRIMA”.

“Gostaria de clarificar que o emprego, no âmbito do AIR Center, será criado ao nível dos centros de investigação que estiverem associados e, para isso, estão a ser negociados dois contratos-programa com o Ministério da Ciência e a FCT”, afirmou.

Segundo Gui Menezes, pretende-se que haja “um reforço da parte científica” de algumas infraestruturas que existem nos Açores, nomeadamente da Estação RAEGE de Santa Maria, bem como o desenvolvimento da Estação RAEGE das Flores.

“Estes contratos-programa vão contribuir para o aumento do emprego científico nos centros de investigação [que se associem ao AIR Center]”, defendeu.

A próxima reunião de alto nível com vista à implementação do AIR Center está agendada para novembro, nas Canárias.
   

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