Açoriano Oriental
Nuno Gama é o primeiro português com roupa à venda em catálogo internacional
O estilista Nuno Gama vai ser o primeiro português a ter peças de roupa à venda em países como o Japão, Coreia do Sul ou Itália através de um catálogo de moda que chegou há 20 anos a Portugal.

Autor: Lusa/AO online
Há duas décadas que a La Redoute chegou a Portugal - a empresa iniciou a sua actividade em 1922, em França - com o catálogo em papel como principal veículo de venda de roupa e acessórios para senhora, homem e criança. Hoje, os artigos que vende estendem-se à decoração e podem ser adquiridos também através da Internet.

    Na festa de comemoração dos 20 anos da La Redoute em Portugal, que ocorre hoje em Lisboa, será apresentada o catálogo da marca para o próximo Outono/Inverno, onde estão incluídas as peças criadas por Nuno Gama.

    Os 20 anos do catálogo de moda em Portugal foram o motivo que levaram a empresa a convidar, pela primeira vez, um estilista nacional a integrar uma das suas colecções.

    Na escolha do designer de moda do Porto pesou o facto de desenhar apenas roupa para homem.

    “Antes de termos o catálogo disponível na Internet, 95 por cento dos nossos clientes eram mulheres, agora os homens já representam 16 por cento, por isso decidimos sugerir um designer de moda que faz roupa para homem”, contou Paulo Pinto à Lusa.

    Além disso, “Nuno Gama já trabalhou com marcas de grande distribuição e tem nome no mercado”, afirmou.

    As peças criadas por Nuno Gama e por outros dez designers de moda de outros países (“Club 11”) já foram apresentadas em Paris e as reacções ao trabalho do português foram, de acordo com o próprio, “muito boas”.

    “A moda portuguesa ainda é muito desconhecida lá fora. As pessoas ainda pensam muito nas senhoras todas vestidas de preto, não têm noção do Portugal contemporâneo. Espero que isto sirva também para desmistificar isso”, contou Nuno Gama à Lusa.

    As peças desenhadas pelo português, um casaco, uma camisa, uns “jeans” e uma gravata serão comercializados em 19 países, entre eles a Alemanha, França, Espanha, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia, Suiça, Eslovénia, Croácia e Coreia do Sul.

    Quanto ao futuro da empresa, o director-geral da empresa em Portugal, Paulo Pinto, destaca que a aposta é na Internet.

    “Nos próximos 20 anos temos de nos focar na Internet, isto porque o mercado de venda por catálogo está a ser abalado pelo comércio electrónico”, disse à agência Lusa Paulo Pinto, salientando que, porém, o “papel não desaparecerá”.

    O catálogo chega a casa dos clientes da La Redoute duas vezes por ano, com as colecções Primavera/Verão e Outono/Inverno, mas na Internet vão surgindo ao longo do ano peças de roupa que não existem no papel.

    “O nosso objectivo é sermos uma empresa de referência no comércio electrónico, em que o nosso volume de vendas já ultrapassa os 30 por cento”, revelou o responsável.
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