Açoriano Oriental
Novas análises ao ar no porto da Madalena, sem problemas para a saúde pública
A Portos dos Açores anunciou hoje que os resultados das análises à qualidade do ar no porto da Madalena, no Pico, na sequência de nova concentração anormal de macroalgas, não detetaram qualquer problema para a saúde pública.
Novas análises ao ar no porto da Madalena,  sem problemas para a saúde pública

Autor: Lusa/AO Online

“Os mais recentes resultados das análises que foram mandadas efetuar pela administração portuária regional à qualidade do ar no porto da Madalena do Pico, na sequência de nova concentração anormal de macroalgas no interior daquele porto, indicam não existir qualquer problema para a saúde pública no local”, informa uma nota de imprensa da empresa pública.

Segundo a Portos dos Açores, as amostragens para análises foram recolhidas a 21 de novembro em três locais, “no denominado porto Velho, mesmo junto à zona de maior concentração de ‘sargaço’ e onde tem vindo a ser feita a recolha mecânica da matéria orgânica em decomposição, bem como no cais do novo terminal marítimo João Quaresma e, ainda, na zona do terrapleno e gare de passageiros antigos”.

Das análises agora realizadas, numa ocasião “em que os odores emitidos pelo ‘sargaço’ acumulado no interior da infraestrutura portuária eram muito sensíveis e incomodativos, resulta que todos os valores se encontram em níveis manifestamente inferiores aos respetivos valores-limite de exposição”, adianta a mesma nota.

A empresa acrescenta, por outro lado, que as análises efetuadas mensalmente às águas neste porto indicam que “as mesmas estão próprias” com base nos parâmetros microbiológicos, afastando-se, por isso, “qualquer suspeita de contaminação do mar no interior daquela baía”.

Contudo, perante a repetição desta situação fenómeno, “nomeadamente nos anos de 2010 e 2015, e perante a possibilidade” de estar relacionada com fenómenos ligados às alterações climáticas à escala global, a empresa encomendou à Universidade dos Açores um estudo sobre os arrojamentos de macroalgas marinhas neste porto.

O objetivo é esclarecer “as causas desta situação que parece estar a ocorrer, também, noutras zonas do oceano Atlântico, nomeadamente em diversas costas das Américas (norte, Caraíbas e Brasil)”, refere ainda a Portos dos Açores.

Enquanto não forem conhecidas as conclusões do estudo e as eventuais medidas mitigadoras a adotar no futuro, a administração portuária garante que vai continuar a fazer esforços para minorar o problema sempre que este se repita, “procedendo à remoção mecânica das algas quando as mesmas atinjam a faixa entre marés, concretamente na zona do denominado porto Velho, método que se tem mostrado eficaz até agora”.

No início de janeiro, a Câmara Municipal da Madalena denunciou “constrangimentos e perigos provenientes da acumulação de algas” no antigo porto da vila, considerando poder estar-se perante um problema de saúde pública

No mês seguinte, a Portos dos Açores revelou que as análises à qualidade do ar no porto não detetaram qualquer problema na sequência da “concentração anormal de algas” desde final de 2015.

 

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