Açoriano Oriental
NATO anuncia abertura de centro para “coordenar atividades” no espaço

Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) concordaram em abrir um centro espacial em Ramstein, na Alemanha, para “coordenar as atividades espaciais” e “proteger os sistemas de satélite” da Aliança, anunciou o secretário-geral, Jens Stoltenberg.

NATO anuncia abertura de centro para “coordenar atividades” no espaço

Autor: Lusa/AO Online

“O centro ajudará a coordenar as atividades espaciais da Aliança, a apoiar as missões e operações da NATO a partir do espaço - incluindo comunicações e imagens de satélite - e a proteger os sistemas espaciais aliados, através da partilha de informações sobre ameaças potenciais”, referiu Stoltenberg, em conferência de imprensa.

Afirmando estar “preocupado” com as movimentações da China e da Rússia, que estão a “desenvolver sistemas que permitem cegar ou destruir satélites”, Stoltenberg referiu que a NATO “tem de garantir” que tem “sistemas seguros e fidedignos” no espaço.

“O que acontece no espaço tem grande relevância para o que conseguimos fazer na Terra. Comunicações, navegação, telemóveis, transmissão de dados: muitas das atividades no ar, mar e terra, dependem das capacidades no espaço, sobretudo em termos de satélites”, sublinhou.

O novo centro espacial ficará localizado em Ramstein, na Alemanha, onde se encontra o atual Comando Aéreo Aliado da NATO, o que permitirá o aproveitamento “da competência e conhecimento” dos funcionários locais.

“O número de pessoas [envolvidas no funcionamento do centro] será limitado inicialmente, mas o nosso plano é expandir e aumentar o tamanho e a importância do centro à medida que formos avançando”, afirmou o secretário-geral.

Stoltenberg sublinhou ainda que cada aliado “tem capacidades diferentes no espaço” e que, como tal, é necessário “garantir que as atividades aliadas no espaço são mais coordenadas” de maneira a “ajudar e reforçar a Aliança”.

A França já tinha anunciado, em julho de 2019, a criação de um comando militar do espaço, tendo o Presidente francês, Emmanuel Macron, referido na altura que o projeto servia para “proteger melhor” os satélites franceses.

Estima-se que cerca de metade dos 2.000 satélites que se encontram em órbita pertencem a países que fazem parte da aliança.


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