Açoriano Oriental
"Não é com mais e mais pobreza que resolveremos os problemas"
O Presidente do Governo dos Açores manifestou a sua discordância com as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Primeiro-Ministro, frisando que "não é com mais e mais pobreza entre as pessoas que resolveremos, quer os problemas orçamentais, quer, ainda menos, os de crescimento com que nos confrontamos de forma cada vez mais lesiva"
"Não é com mais e mais pobreza que resolveremos os problemas"

Autor: Paula Gouveia

 

Para Carlos César, as decisões anunciadas – “que mantêm no próximo ano a diminuição dos rendimentos dos reformados e dos pensionistas e dos funcionários públicos, e até os agravam por aumento previsível da incidência fiscal, e que retiram agora, na prática, aos trabalhadores do setor privado o valor de um ordenado por ano – aumentarão os problemas sociais, o desânimo, a quebra do consumo interno e terão um efeito fortemente recessivo na economia.”

 

As consequências, na sua opinião, “serão muito piores para as pequenas e médias empresas do que os ganhos resultantes da diminuição das suas contribuições para a segurança social.”

 

O Presidente do Governo Regional disse ainda que “as regiões dos Açores e da Madeira serão mais uma vez verdadeiramente espoliadas”, referindo que, no caso dos Açores, “sairão das remunerações dos trabalhadores açorianos, que é como quem diz, da economia da Região, perto de 75 milhões de euros para os cofres do orçamento do Estado e da segurança social, vinte e cinco milhões dos quais eram pagamentos da administração regional aos seus funcionários.”

 

Face a tal perspetiva, Carlos César disse esperar que, se tais medidas forem por diante, “os partidos na Região, que tanto veneram o atual Governo da República, se juntem aos que pensam e defendem em primeiro lugar os Açores para evitar esse esbulho que nos pretendem fazer e que nos prejudicará a todos.”

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