Autor: Lusa/AO online
O avançado do Nacional acabou por ser a figura do jogo, ao colocar a sua equipa na frente do marcador, aos 27 minutos, e ao bater o seu próprio guarda-redes, Bracalli, com um auto-golo, a um quarto de hora do final da partida.
O mesmo João Aurélio desfrutou ainda de uma oportunidade soberana de fazer o segundo golo da sua equipa, aos 54 minutos, quando se isolou em direcção à baliza de Rui Patrício, mas o seu remate foi salvo em última instância por Daniel Carriço, quase sobre a linha de baliza.
O Sporting fez uma primeira parte dentro da linha exibicional que marcou as suas actuações na pré-época, ou seja, mostrou-se uma equipa amorfa, sem chama, nem imaginação, sem soluções ofensivas, e mais uma vez vulnerável nas bolas paradas, sobretudo em lances aéreos.
Do ponto de vista táctico, Paulo Bento voltou a insistir no 4x3x3, em vez do seu tradicional losango no meio-campo, com dois jogadores lentos nessa zona nevrálgica como são Rochemback e Miguel Veloso, os quais não foram capazes de dar profundidade ofensiva à equipa.
O Nacional marcou cedo, aos 27 minutos, na sequência de um canto, com alguma sorte e a colaboração de Polga, e geriu a vantagem procurando explorar no contra-ataque o adiantamento do Sporting no terreno.
A estratégia quase resultou à beira do intervalo, quando Amuneke quase fez o 2-0 num lance de contra-ataque, na sequência do qual Daniel Carriço quase fazia um auto-golo.
No inicio da segunda parte a fisionomia do jogo não se alterou, apesar das entradas de Pereirinha e Vukcevic a substituírem, respectivamente, Abel e Rochemback, com o Nacional a controlar o jogo e a explorar o contra-ataque.
À medida que o tempo decorria o Sporting assentou o seu jogo no meio-campo do Nacional, cujo recuo passou a tornar-se susceptível do que viria a acontecer, quando João Aurélio, a um quarto de hora do fim, fez um auto-golo num lance infeliz.
O Sporting não esgotou a estrelinha da sorte que o acompanhou em Enschede, frente ao Twente, e, de repente, sem o ter justificado, ficou com a hipótese de ganhar o jogo.
Um minuto depois do empate, Liedson teve na cabeça o golo da vitória, mas a bola foi sacudida por um defesa insular quase em cima da linha da baliza.
A pressão do Sporting acentuou-se nos últimos minutos, a equipa instalou-se à entrada da área do Nacional, mas faltou discernimento e frieza no momento da finalização.
Um segundo golo do Sporting não reflectiria o que se passou em campo, visto que a equipa leonina "acordou" tarde e nunca mostrou argumentos para vencer o jogo.