Açoriano Oriental
Na Guarda, Rio comeu mas não bebeu e ainda “ganhou” um par de meias

A campanha do PSD esteve esta sexta feira na cidade da Guarda para uma arruada na qual o líder “ganhou” umas peúgas especiais e comeu queijo, tendo recusado porém a ginjinha que o Presidente da República bebeu em 2016.

Na Guarda, Rio comeu mas não bebeu e ainda “ganhou” um par de meias

Autor: AO Online/ Lusa

Durante perto de uma hora e meia, algumas dezenas de apoiantes sociais-democratas percorreram as ruas do centro da Guarda, ao som de bombos, concertinas e dos cânticos da Juventude Social Democrata.

O ponto de encontro foi a Sé e o percurso estendeu-se até ao antigo cineteatro da cidade, palco de mais uma ‘talk’ – iniciativa assim apelidada pelo partido, na qual Rio responde a perguntas colocadas por cidadãos.

Pelo caminho, Rio cumprimentou aqueles com quem se cruzava, entrou nos estabelecimentos por onde passou e entregou dezenas de lápis, o único brinde da campanha para as legislativas de 06 de outubro.

Ao grupo juntou-se o eurodeputado e ex-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, cara conhecida da população, que ainda mantém o hábito de o tratar por “senhor presidente”.

Álvaro Amaro, que é um dos cinco arguidos constituídos no âmbito da operação "Rota Final", renunciou ao mandato de líder do executivo municipal para assumir o mandato de deputado ao Parlamento Europeu, na sequência das eleições de 26 de maio último, deixando a presidir ao município o seu antigo vice-presidente, Carlos Chaves Monteiro.

Apesar de não ter estado durante toda a arruada na linha da frente, dentro de uma loja o eurodeputado fez questão de mostrar a Rui Rio umas “meias de fabrico alemão” especiais, uma vez que uma era destinada especificamente ao pé direito e a outra ao pé esquerdo. E Rio ficou com um par.

“O Álvaro leva e depois dá-me”, apontou, notando que na campanha dá-se tudo: “já estou a dar os lápis, as meias e tudo”.

A abrir o caminho e a apresentar “a surpresa” do dia às pessoas ia o cabeça de lista pelo círculo da Guarda - onde são eleitos apenas três deputados -, Carlos Peixoto, enquanto a comitiva avisava: “vamos ali, senão as pessoas vão ficar chateadas”.

À porta da primeira farmácia por onde passou, Rio encontrou uma senhora que dizia entre dentes que “o ideal” era que o PSD conseguisse “criar mais empregos para os jovens”.

Para quebrar o gelo, o presidente do PSD quis saber se a mulher estava bem, visto estar à porta de uma farmácia, mas a resposta estava na ponta da língua: “Sou da Guarda, sou boa, toda a gente que é da Guarda é boa gente”, e tranquilizou o portuense revelando que tinha-se dirigido ali por uma questão estética.

Já dentro da farmácia, o social-democrata anunciou estar ali “por uma boa razão”, ao contrário do que é habitual quando desloca a um estabelecimento daqueles.

Questionado se estava a seguir os passos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por ter entrado em duas farmácias, Rui Rio respondeu que não, pois entra “em qualquer estabelecimento”.

Mas esta não seria a primeira vez que ouviria o nome do também antigo líder do partido. Ao entrar na “Tasquinha”, a sua visita foi comparada com aquela que o chefe de Estado fez em dezembro de 2016, mas hoje “está mais gente”, assegurou o dono. Uma foto na parede prova a passagem do Presidente por aquele estabelecimento.

Porém, ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio não quis beber um copo de ginjinha, prontamente oferecida pelo homem atrás do balcão.

Nesse momento não bebeu, mas momentos antes não resistiu a uma fatia de queijo de ovelha e a um pedaço de pão que lhe foram oferecidos por um grupo de homens à porta de um outro estabelecimento. Apesar de um deles ter confidenciado que espera que Rio “não seja o futuro primeiro-ministro”, à mesa as disputas partidárias foram postas de parte.

Falando do programa eleitoral do PSD, pelo caminho o presidente social-democrata teve oportunidade de salientar aos jornalistas que “aquilo que é mais importante é haver a coragem para tomar” as medidas necessárias para dinamizar o interior do país.

A ‘arruada’ na Guarda foi o momento alto do dia de campanha do líder do PSD, que de manhã visitou uma associação de apoio a pessoas com deficiência mental, em Castelo Branco, e uma empresa no Fundão, que a comunicação social não pôde acompanhar.

Rui Rio almoçou em seguida na cantina da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, com o reitor e professores da instituição, momento no qual não discursou nem contactou com estudantes.


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