Açoriano Oriental
Monti sucede a Berlusconi
 Mario Monti, o ex-comissário europeu que foi hoje encarregado de formar um governo de transição em Itália, é visto como um negociador firme e um conhecedor dos meandros da política europeia.
Monti sucede a Berlusconi

Autor: lusa

Conhecido na Itália como “super Mario”, após o seu mandato como comissário europeu em duas pastas de peso (Comércio e Competitividade), Monti, de 68 anos, goza de prestígio internacional e alguns analistas consideram-no mais anglo-saxónico que italiano pela sua postura e estilo.

É descrito como rigoroso, racional e prudente, mas também como possuidor de um refinado sentido de ironia de profundas raízes italianas. Os analistas classificam-no como um europeísta.

Monti nasceu em Varese a 19 de março de 1943, estudou num colégio jesuíta de Milão e doutorou-se em Ciências Económicas e Comerciais pela Universidade de Bocconi, estudos que aprofundou mais tarde na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Passou pela Direção-Geral de Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia entre 1964 e 1965, iniciando em seguida a sua atividade como professor assistente, primeiro na Universidade de Turim, mais tarde na Universidade Bocconi de Milão, instituição em que ocupou diversos cargos, incluindo os de reitor e de presidente.

Em Bruxelas, onde foi comissário europeu entre 1994 e 2004, ficou conhecido pela guerra que abriu contra a General Electrics, que pretendia comprar a companhia Honeywell, e pela multa de 497 milhões de euros aplicada à Microsoft por violação da lei anti-monopólio.

Mario Monti assumiu algumas vezes preferir a política europeia à italiana e suas eternas divisões. Afirmou, em 2001, “nunca ter manifestado qualquer boa disposição em relação a algum partido italiano”.

Em 2001 recusou ser ministro dos Negócios Estrangeiros e, em 2004, ministro da Economia.

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