Os responsáveis pela pasta na UE, incluindo o ministro português da Agricultura, José Manuel Fernandes, irão debater e decidir os totais admissíveis de capturas para 2026 e as respetivas quotas por Estado-membro.
No que se refere ao goraz, uma espécie de importância comercial nomeadamente nos Açores, o executivo comunitário avança com a proposta de um corte de 3%, uma questão que se arrastava desde o ano passado, quando uma redução de 35% ficou suspensa numa quota provisória de 280 toneladas, enquanto se aguardavam novos dados científicos.
Para 2026, Bruxelas avança assim com um corte de 3% nas capturas de goraz, para as 382 toneladas.
Outras espécies com valor comercial serão ainda afetadas por cortes, segundo a proposta, que prevê para o tamboril em águas ibéricas uma redução de 2%, para as 5.340 toneladas, e de 28% para o linguado (388 toneladas).
Também as capturas de juliana deverão levar cortes, com a Comissão, baseada em pareceres científicos, a propor reduções de 26% em 2026 (98 toneladas) e de outro tanto no ano seguinte, mas com uma quantidade adicional para Portugal.
O carapau deverá levar uma redução de 5% em água ibéricas (856.520) e a solha de 20% em 2026, 2027 e 2028 (99 toneladas).
A quota de capturas de pescada deverá manter-se nas 17.445 toneladas e de raias também, nas 50 toneladas.
As capturas de areeiros, por seu lado, podem subir 12%, para as 4.986 toneladas.
A UE mantém ainda negociações com países terceiros sobre as possibilidades de pesca de, por exemplo, bacalhau, como a Noruega e o Canadá.
No primeiro caso, ainda não se conhecem os resultados mas, em julho, a UE aprovou o acordo de pescas com o Canadá que duplica para 495 toneladas a quota de bacalhau de Portugal numa divisão da Northwest Atlantic Fisheries Organization (NAFO), reaberta em 2024 após 32 anos de encerramento.
