Atualmente, sublinha Ana Jorge, o número de dadores jovens "é já elevado", mas é importante alargar o âmbito da ação para o associativismo e uma intervenção mais ativa que garanta a existência de "uma nova geração" de membros de associações. A ministra falava com os jornalistas em Lisboa, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde, à margem das comemorações do Dia Nacional do dador de Sangue, hoje assinalado. Acompanhada por responsáveis do setor, entre os quais o presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), a ministra reforçou que o sangue em Portugal é seguro, garantindo ainda que o financiamento do IPS está assegurado apesar do "período difícil" que Portugal atravessa nas contas públicas.  "Os recursos financeiros necessários para garantir que todo o movimento do IPS se mantém dentro da sua necessidade para a qualidade estão garantidos", declarou. O presidente recém-empossado do IPS, Álvaro Beleza, corroborou a ideia de que há "cada vez mais jovens a doar sangue", apoiando uma "praxe" universitária que incentive os jovens a esta prática. "Já tive conversas com associações de estudantes que estão disponíveis para criar essa ideia de os jovens iniciarem a sua vida adulta não só a tirar a carta de condução mas também a doar sangue", disse Álvaro Beleza. De acordo com o ministério da Saúde, ao longo de 2010 o número de dádivas de sangue nacionais foi de 419.043 e as dádivas do IPS foram de 251.676, representando cerca de 60 por cento das dádivas nacionais. Atualmente, Portugal conta com 200 associações e grupos de dadores de sangue e o índice de dádiva por dador é de 1,46, "ou seja, um dador dá, em média por ano, uma dádiva e meia".