Autor: Rafael Dutra
A emissão de energia hídrica na Região Autónoma dos Açores no 1.º trimestre de 2025 subiu consideravelmente, tendo atingido os 10.433 MWh (megawatt-hora), um acréscimo em termos homólogos de 26,3%, segundo o mais recente relatório Procura e Oferta de Energia Elétrica (POEE), relativo a março de 2025.
De acordo com este documento publicado mensalmente, divulgado pela EDA e consultado pelo Açoriano Oriental, verifica-se que, de janeiro a março de 2025, foi registado um crescimento da emissão de energia (+2,2%) em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros três meses do ano, a emissão
de energia geotérmica representou cerca de um quinto da emissão total da
EDA (20,9%), mais de um terço da emissão da ilha de São Miguel (36,7%) e
2,4% da ilha Terceira.
Porém, verificou-se uma quebra da emissão da energia geotérmica nos Açores, em comparação com o mesmo período do ano transato (-3,2%).
Não obstante a descida da energia geotérmica, foram verificadas subidas na emissão das restantes energias renováveis nos Açores.
No período em análise, verificou-se um crescimento de 26,3% relativo à emissão de energia hídrica e um aumento de 12,7% no que diz respeito à emissão de energia eólica, em comparação com o período homólogo.
“Estes dois tipos de energia passam a representar, neste período, 15,8% da emissão total”, indica a EDA, neste relatório.
No 1.º trimestre de 2025, a emissão de energia elétrica na área de influência da EDA, ascendeu aos 212.588 MWh, sendo 20,9% geotérmica, 4,9% hídrica, 10,9% eólica, 0,4% solar, 1,9% RSU, 0,2% biogás e 60,8% de origem térmica.
Desta energia elétrica proveniente de origem térmica, 53,9% foi obtida de emissão a fuel e 6,9% de emissão a gasóleo, sendo que registou-se uma quebra de 0,2% no fuel e um aumento de 6,4% no gasóleo, em relação ao trimestre homólogo.
Conforme refere a EDA,
nesta publicação, o consumo de energia elétrica atingiu os 198.173 MWh,
traduzindo um aumento de 2% em comparação com o ano transato.
Do
consumo total destaca-se o peso de comércio e serviços (incluindo
serviços públicos) com 41,9%, os usos domésticos que representam 40,9% e
os usos industriais com 15%.
Refere-se ainda que observou-se um aumento em termos homólogos no consumo substancial nos serviços públicos (+25,6%), e uma subida homóloga, embora mais ligeira, no consumo de eletricidade para o comércio e serviços (+5,6%) e no consumo doméstico (+4,9%).
“Relativamente ao nível de perdas total da EDA, o valor
apurado foi de 8,7%. No contexto dos centros produtores, o nível de
perdas foi de 3,3%, enquanto nas redes este atingiu os 6,5%”, lê-se na
publicação mensal divulgada pela empresa de eletricidade açoriana.