Autor: Lusa/AO Online
“O Ministério da Defesa, embora assegurando a máxima segurança para a população civil, não exclui a possibilidade de assumir o controlo total das grandes cidades, que hoje estão praticamente cercadas”, disse Dmitri Peskov, citado pelas agências russa TASS e francesa AFP.
Peskov disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou até agora ao “Ministério da Defesa que não lançasse um ataque rápido aos grandes centros urbanos, incluindo Kiev”, para evitar pesadas baixas civis.
O porta-voz admitiu que os corredores humanitários serão mantidos, se for necessário.
Segundo a TASS, Peskov disse também que Moscovo considera que os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) estão a tentar provocar os militares russos para que ataquem as principais cidades ucranianas e sejam responsabilizados “pela morte de civis”.
Acusou, em particular, o conselheiro de segurança dos EUA Jake Sullivan e o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel, de terem dito recentemente que Putin ordenou um aumento dos ataques e dos alvos por estar frustrado por as tropas “não estarem a avançar como pensava nas grandes cidades”.
“Acreditamos que tal posição é provocatória”, disse Peskov, citado pela TASS.
A agência russa noticiou também que o porta-voz do Kremlin não esclareceu se Putin está satisfeito com o decurso da “operação militar especial”, a designação oficial de Moscovo para a invasão da Ucrânia.
A operação “está a desenvolver-se de acordo com o plano, será concluída a tempo e na íntegra”, disse.
Peskov acrescentou que Moscovo não indicará um prazo para o fim das operações militares na Ucrânia.