Açoriano Oriental
Marina da Horta, nos Açores, recebe há 30 anos embarcações de todo o mundo
A marina da Horta, a primeira infraestrutura do género inaugurada nos Açores, há 30 anos, já acolheu milhares de embarcações de várias nacionalidades, sendo ponto de "apoio fundamental" para quem cruza o Atlântico e uma "galeria de arte internacional".
Marina da Horta, nos Açores, recebe há 30 anos embarcações de todo o mundo

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com o chefe do gabinete de operações náuticas, Armando Castro, no último ano passaram pela marina da ilha do Faial, no grupo central do arquipélago localizado entre os continentes europeu e americano, um total de 1.232 embarcações e 6.463 tripulantes, oriundos de França, Reino Unido, Portugal continental, entre outros.

Em 1986, a marina da Horta, um dos principais polos económicos da ilha, recebeu 759 embarcações e 2.866 tripulantes.

Embarcações das ilhas Marshall e Cook, Gabão, Ruanda ou Japão surgem nas estatísticas da marina da Horta, ao longo dos anos, como as de origens mais distantes e improváveis.

À Lusa, Armando Castro considerou “muito urgente” a ampliação da marina, que tem atualmente 300 postos de amarração, perspetivando que seriam necessários mais 100 lugares para conseguir dar resposta à “procura crescente”.

“Temos uma ocupação anual de 90% e, neste momento, devemos ter 150%, porque temos 300 postos de acostagem e 400 e tal barcos aqui no porto da Horta”, afirmou o responsável, acrescentando que anualmente a marina da acolhe cerca de 1.200 embarcações por ano.

Segundo Armando Castro, que gere uma equipa de seis pessoas, a melhoria das condições da marina permitiria aumentar a estadia média dos iatistas que é de três, quatro dias.

“Essencialmente os iatistas vêm aqui abastecer-se de combustível, fazer algumas reparações nas embarcações e adquirir géneros alimentícios”, referiu Armando Castro, que considerou uma grande responsabilidade gerir uma infraestrutura que “é um ponto de apoio fundamental no meio do oceano [Atlântico], para além das implicações diretas e indiretas que a marina tem na economia local”.

O responsável acrescentou que praticamente todos os iatistas que ali passam “deixam a sua marca, através de uma pintura alusiva à sua embarcação ou à viagem que fizeram”.

A marina transformou-se numa “galeria de arte internacional”, que o tempo vai desgastando e renovando a cada nova chegada de uma embarcação. São os próprios artistas que “compram tintas no mercado local e deixam depois a sua marca pintando os muros e o cais”.

No ano em que a marina da Horta está a celebrar 30 anos, vai receber seis regatas internacionais, algo “excecional” em termos de receção de eventos, apontou Armando Castro.

Os Açores têm atualmente nove marinas/núcleos de recreio naútico, infraestruturas espalhadas pelas ilhas das Flores, Faial, Pico, São Jorge, Terceira, São Miguel e Santa Maria.

Sete são geridos pela empresa pública Portos dos Açores e duas de responsabilidade municipal (Praia da Vitória e Vila Franca do Campo).

Luís Prieto, da Portos dos Açores, adiantou que nas cinco marinas e nos dois núcleos de recreio náutico administrados pela empresa pública, localizadas nos concelhos das Lajes das Flores, Horta, Lajes do Pico, Velas, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Vila do Porto, “existe um total de 1.506 postos de amarração”.

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