Autor: Lusa/Ao online
Os mísseis de curto alcance foram disparados na sexta-feira à noite, pela coligação internacional anti-jihadista liderada por Washington, que apoia os combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas da Síria (FDS), assegurou o OSDH.
Face à investida das FDS, que continuam a avançar no terreno há vários meses, o EI mantém apenas algumas aldeias e terrenos agrícolas no leste da Síria, não muito longe da fronteira com o Iraque, de acordo com o OSDH.
O ataque de sexta-feira visou um setor ainda controlado pelo EI, perto da aldeia de Baghouz, onde foram atingidas casas e morreram 42 pessoas, incluindo 29 jihadistas, segundo o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman.
"É a partir desta área que são lançados os contra-ataques do EI", acrescentou.
Entre as vítimas estão também 13 civis, incluindo sete sírios da mesma família, parentes de um combatente jihadista, disse o diretor do Observatório. Os outros seis civis são cidadãos iraquianos.
Entretanto a Síria pediu à Turquia para retirar as suas tropas do norte do país e acabar com o apoio aos grupos armados da oposição, ressuscitando um acordo de segurança bilateral com duas décadas.
A Rússia encorajou a Turquia e a Síria a reatarem o tratado de 1998 para lidar com questões de segurança ao longo das fronteiras partilhadas, na sequência da planeada retirada das tropas norte-americanas do norte da Síria.
A Turquia defende que o tratado lhe concede o direito de entrar na Síria, justificando a mobilização de tropas no país e uma possível nova ofensiva destinada a expulsar a milícia curda síria que Ancara considera uma ameaça.
A Rússia afirma que Damasco deve recuperar o controlo dos territórios depois de as tropas dos Estados Unidos se retirarem e pediu à Turquia que dialogue com o governo sírio para estabilizar as áreas fronteiriças.