Autor: Lusa /AO Online
“Putin visitará em breve o Donbass”, anunciou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa oficial Tass. “Decerto que ocorrerá no seu devido tempo porque é [um território] que faz parte da Federação russa”, sublinhou.
No passado dia 05 de outubro Putin assinou um decreto sobre a incorporação na Federação russa das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson. As quatro zonas tinham sido anexadas após a realização de referendos considerados ilegais pela Ucrânia, Estados Unidos e aliados.
Peskov garantiu ainda que o processo de recrutamento militar na Rússia “foi concluído”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.