Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa a
propósito das audições dos membros do Governo de coligação
PSD/CDS-PP/PPM sobre as propostas de Plano e Orçamento, o liberal,
que ameaçou votar contra os documentos caso não fosse reduzido o
nível endividamento previsto nas antepropostas, destacou que o seu
sentido de voto não está fechado.
“A minha posição está consolidada. Não vou dizer que está fechada. Esta proposta que foi apresentada é bem melhor do que a anteproposta. No entanto, encerra ainda gravíssimos problemas. Cabe à maioria parlamentar resolver esses problemas”, declarou.
Nuno Barata disse ter “muito pena” que o Governo dos Açores (PSD, CDS-PP, PPM) tenha feito “orelhas moucas” aos “avisos” da IL e voltou a insistir na necessidade de reduzir o endividamento da região.
“Não é endividando-se que se resolvem os problemas desta região. Não é endividando-se para fazer obras desnecessárias. Isso é a mesma coisa que uma família se endividar para fazer férias e depois faltar dinheiro para educar os filhos”, comparou.
O líder da IL/Açores salientou que “cabe ao Governo” Regional, e não a um deputado único, “apresentar soluções” para os “problemas” da região.
“O senhor presidente do governo escusa de apelar ao sentimento de união e ao sentido de responsabilidade, porque a grande responsabilidade é dos três partidos que constituem o governo, principalmente do PSD", advogou.
Na quarta-feira, o presidente do Governo dos Açores manifestou a expectativa de que, no parlamento regional, haja de cada deputado a “assunção da sua responsabilidade” para aprovar o Plano e Orçamento Regional para 2022, afastando preocupações com o chumbo da proposta.
Nuno Barata considerou "anacrónicas" as audições aos membros do executivo, que decorreram esta semana, defendendo que as mesmas deviam ser realizadas “na fase em que as propostas” de Plano e Orçamento são “remetidas aos parceiros sociais.
“As corporações instaladas, quer em sede do Conselho Económico e social, quer distribuídas pelos Conselhos de Ilha, acabam tendo mais possibilidade de fazer pressão sobre o governo para mudar seja o que for do que as forças políticas representadas no parlamento”, criticou.