Açoriano Oriental
IL alerta que Governo dos Açores “vai ter de pedir aos bancos” 200 ME em 2025

A IL/Açores criticou a “irresponsabilidade e incapacidade” do Governo Regional, que vai ter de “pedir aos bancos” cerca de 200 milhões em 2025, e alertou para o agravamento da dívida pública e dos indicadores sociais

IL alerta que Governo dos Açores “vai ter de pedir aos bancos” 200 ME em 2025

Autor: Lusa/AO Online

“O governo de coligação omite que, por causa da sua irresponsabilidade e incapacidade, vai ter de pedir aos bancos em 2025 mais quase 200 milhões de euros, sendo que quase metade será dívida para pagar dívida. É como pagar uma letra vencida com o cartão de crédito”, afirmou Nuno Barata.

O liberal falava na Assembleia Legislativa, na Horta, no arranque da discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2025.

Na intervenção inicial, Nuno Barata criticou o rumo das finanças públicas e alertou para o aumento da “galáctica” dívida pública.

“Cada bebé açoriano já nasce endividado em mais de 13,500 euros - ou seja, três vezes mais do que há oito anos -, tendo em conta que a dívida açoriana atinge já o estratosférico valor de 3,6 mil milhões de euros”, salientou.

Por outro lado, o liberal condenou o “aumento de 10% nos cargos de nomeação política que se registou desde 2020”, que servem para “sustentar as clientelas” do Governo Regional, e alertou para o agravamento dos indicadores sociais.

“Se em 2013 tínhamos a maior taxa de pobreza de sempre, e do país, hoje, após quatro anos da governação desta coligação [PSD/CDS-PP/PPM], os indicadores pioraram e a proporção da população residente em risco de pobreza ou exclusão social é de 31,4%, continua a mais alta do país”, declarou.

Nuno Barata citou uma intervenção de 2004 do atual presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, quando era deputado do PSD, para afirmar que a proposta de Plano para 2025 tem “uma grande dispersão e proliferação de ações com verbas demasiado reduzidas”.

"Dos investimentos previstos para 2025, para além de cerca de metade não serem investimento público, mas ações para pagamento de despesas correntes, temos 40% de ações com um valor inferior a 100 mil euros (mais 5% do que há 20 anos)”, realçou.

Além disso, acrescentou, o Plano apresenta “55% de ações com um valor inferior a 250 mil euros - o mesmo que há 20 anos - e 69% de ações cujo valor inscrito é inferior a 500 mil euros - exatamente o mesmo que para 2005)”.


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