Açoriano Oriental
Gripe entope hospitais do continente
Na última semana, as urgências hospitalares atenderam, em média, cerca de 13 mil pessoas por dia, mais 30 por cento do que é habitual nesta época, segundo dados da Direcção-Geral de Saúde (DGS).

Autor: Lusa/AOonline
 Em declarações à agência Lusa, o coordenador do dispositivo da DGS que monitoriza a afluência às urgências explicou que este aumento se deve, sobretudo, a uma epidemia de gripe, que deverá prolongar-se, pelo menos, ao longo dos próximos 15 dias.

    "A média [de afluência às urgências] da última semana está acima das 13 mil pessoas por dia, quando o valor esperado para esta época varia entre as oito e as 10 mil", afirmou Mário Carreira.

    Só na passada segunda-feira, por exemplo, 15 mil portugueses foram às urgências hospitalares de todo o país, o que representa um aumento de 50 por cento em relação à média normal de atendimento.

    "Estamos perante uma epidemia de gripe que está a causar esta elevada afluência aos hospitais. É provável que se mantenha ao longo das próximas duas semanas, até porque só na semana que vem é que deverá ser atingido o pico da epidemia", adiantou o responsável.

    A DGS não dispõe ainda de dados relativos à afluência às urgências registada sexta-feira, um dia que foi particularmente crítico em muitas unidades hospitalares, como o Amadora-Sintra, que chegou a ter um tempo de espera de cerca de 12 horas, mesmo para casos classificados como urgentes e muito urgentes.

    No Hospital de Santa Maria (HSM), em Lisboa, o tempo de espera não foi tão grande, mas registou-se igualmente um "aumento do número de utentes atendidos", situação que "foi acalmando ao longo da noite e que se encontrava normalizada esta manhã", segundo o director clínico, João Correia da Cunha.

    Segundo Mário Carreira, a elevada afluência não se verificou apenas na região da Grande Lisboa, mas "um pouco por todo o país".

    No Grande Porto, por exemplo, o Hospital Pedro Hispano, de Matosinhos, tem estado a registar grande afluência de utentes devido à gripe, o que provocou atrasos de sete a oito horas no atendimento.

    Já no São João e no Santo António, os dois hospitais centrais da região, o número de utentes atendidos sexta-feira foi considerado normal.

    No Algarve registou-se também um pico de afluência, apesar de esta não ter ultrapassado os parâmetros normais para a época, segundo disse à fonte do Hospital Central de Faro.
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