Açoriano Oriental
Governo dos Açores ausculta parceiros sobre cooperação territorial europeia

O Governo dos Açores iniciou um conjunto auscultações aos parceiros sociais e económicos para desenhar "uma linha estratégica comum", com "projetos pertinentes" em áreas fundamentais de financiamento no âmbito de um apoio específico para as regiões ultraperiféricas.

Governo dos Açores ausculta parceiros sobre cooperação territorial europeia

Autor: Lusa/AO Online

“O Governo Regional tem um certo número de linhas estratégicas já pensadas e definidas, mas gostaria de ouvir os parceiros sociais e económicos sobre o que pensam sobre este programa para podermos com mais pertinência, desde logo, convencer os nossos parceiros das regiões ultraperiféricas sobre a importância de um programa estruturado, e também convencer a Comissão Europeia da pertinência do que estamos a apresentar”, disse o secretário regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas.

Rui Bettencourt reuniu-se com a direção da Federação das Pescas dos Açores sobre o Programa de Cooperação Territorial Europeia para as Regiões Ultraperiféricas, que incorpora uma linha especifica de 270 milhões de euros.

Segundo explicou o governante, os 270 milhões de euros "são para dividir pelas nove regiões ultraperiféricas", daí a importância “de se ter uma estruturação financeira de projetos comuns”.

“O que nós defendemos é que não haja uma divisão 'à priori' por cada região. Que haja uma ideia de conjunto. Nós temos aqui uma ocasião única de poder estruturar as regiões ultraperiféricas com uma dotação financeira própria”, sublinhou Rui Bettencourt, em declarações aos jornalistas.

O secretário regional considerou que “o grande desafio” se coloca “primeiro a nível interno com os parceiros sociais”, e depois “a nível externo com as Regiões Ultraperiféricas” de modo a serem alcançados “projetos comuns” a todos.

"E para que este programa seja o mais pertinente possível e o mais bem negociado possível seria importante ouvirmos as forças vivas nos Açores para podermos também, em articulação com os vários departamentos do governo, melhor apresentar à Comissão Europeia e também às outras regiões ultraperiféricas o desejo dos Açores", salientou.

Rui Bettencourt explicou que o montante será distribuído tendo em conta "vários fatores", nomeadamente distanciamento e o emprego.

"Estamos convencidos que um dos fatores importantes será a pertinência dos projetos e, portanto, a pertinência de um plano que possamos ter para as regiões ultraperiféricas", frisou, defendendo "sobretudo uma lógica global" na distribuição da verba.

O governante desafiou ainda os parceiros a dizerem que "linhas estratégicas desejam na área das pescas, da agricultura, na economia, no emprego" e num vasto conjunto de "linhas que o Governo tem como importantes" na "área da cooperação territorial para a inovação, para o espaço, mar e transportes".

O presidente da Federação das Pescas dos Açores disse ainda ser prematuro avançar para já com projetos concretos, mas adiantou que a organização “vai analisar” com as restantes associações qual a mais valia que pode tirar do programa e que possa ser benéfico para o setor das pescas na região.

Ainda assim, Gualberto Rita elencou a questão dos recursos como uma necessidade no setor.


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