Autor: Lusa/AO online
O governante falava aos agricultores durante a 26.ª edição da Festa do Pêro, na freguesia da Ponta do Pargo, concelho da Calheta. Manuel António Correia explicou que mais de seis mil explorações agrícolas candidataram-se às indemnizações compensatórias. O valor global desta ajuda é de 2,2 milhões de euros. ”Posso anunciar que até final de setembro, será depositado na conta dos agricultores 75 por cento do valor desta ajuda, o que dá 1 milhão e 657 mil euros. Esta é mais uma forma de aumentar o rendimento dos agricultores”, afirmou. Parte do valor distribuído vem do executivo regional, outra da União Europeia (UE). Antes de o valor ser entregue na totalidade, a UE exige uma confirmação junto dos agricultores, a fim de se verificar se os critérios dos candidatos estão a ser cumpridos. Aproveitando uma audiência composta por muitos agricultores, Manuel António Correia lembrou que a agricultura na Madeira “gera 100 milhões de euros por ano em produção direta”, mas garante que é possível melhorar. O governante diz que é preciso apostar na diferenciação. Rita Ribeiro é produtora de pêro há 13 anos e diz que, este ano, a produção não correu bem. Queixa-se de perdas na ordem dos 60 porcento em relação ao ano anterior. “Não houve muitos mas têm mais qualidade do que no ano passado. Veio muita chuva e muito vento quando as árvores estavam em flor. Mas pelo menos não lhes deu a doença que deu o ano passado”, garantiu. Ainda não há números oficiais em relação às perdas na produção de pêro, embora a secretaria da tutela admita uma quebra. Nos últimos 10 anos, a área de produção cresceu cerca de três por cento e a produção “triplicou”, segundo dados da secretaria do Ambiente. A comercialização do pêro na Madeira gera receitas na ordem dos 1,7 milhões de euros por ano.