Açoriano Oriental
Festival Tinto no Branco tem investimento de 55 mil euros com retorno total

O Festival Tinto no Branco em Viseu abriu esta sexta feira portas até domingo, “possivelmente, o único festival literário temático do interior do país” que tem, este ano, um orçamento de 55 mil euros e com um retorno turístico e cultural.

Festival Tinto no Branco tem investimento de 55 mil euros com retorno total

Autor: Lusa/AO Online

“Parabéns à autarquia que consegue organizar eventos destes sem ter de contratar fora e já agora falar da autossustentabilidade, porque efetivamente, hoje, conseguimos organizar estes eventos numa perspetiva de autossustentabilidade, não gastando um cêntimo do dinheiro dos contribuintes”, regozijou-se o presidente da Câmara Municipal de Viseu.

António Almeida Henriques falava na sessão de abertura da quinta edição do Festival Literário Tinto no Branco que decorre até domingo no Solar do Vinho do Dão, e recebe “mais de 30 convidados, alguns deles estrangeiros”, aliás, reforçou, “este é o festival mais internacional de sempre”.

À agência Lusa, o vereador da Cultura de Viseu adiantou que o Festival Tinto no Branco “tem um investimento de 55 mil euros mas consegue ter um retorno económico para a cidade” e, a título de exemplo, Jorge Sobrado fala na “lotação de hotéis” ou com “uma lotação acima da média tendo em conta a altura do ano”.

“Mas há também o retorno turístico que se vai traduzindo ao longo do tempo, uma vez que Viseu acaba por ser um destino a visitar e depois claro, o retorno cultural. Estou convencido que este é o único festival literário temático do interior do país e isso torna-o único, dando oportunidade aos cidadãos de estarem com autores que de outra forma nunca estariam”, considerou Jorge Sobrado.

Do programa de três dias, o festival recebe os prémios Camões Germano de Almeida (Cabo Verde) e Mia Couto (Moçambique), Joanne Harris, autora da obra “Chocolate”, e Olivier Rolin, um dos escritores franceses da atualidade.

Marcam, igualmente presença o realizador António-Pedro Vasconcelos, o encenador Ricardo Pais, o músico Pedro Abrunhosa, o poeta Daniel Jonas e as escritoras Deana Barroqueiro e Filipa Melo e ainda o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, também ele com obras publicadas.

“Este ano temos uma visita que muito me apraz, Abraão Vivente que vem a Viseu para consolidarmos esta geminação que fizemos entre o Festival Literário Morabeza e o nosso Festival Literário Tinto no Branco, é também esta componente da lusofonia da nossa língua portuguesa a fazerem aqui um casamento perfeito”, considerou Almeida Henriques.

Entre os 30 convidados estão igualmente os Dead Combo, Luís Severo, o Grupo Off, Aurora Brava e os Gin Sónico num festival que tem como base os vinhos do Dão, presentes em todas as conversas literárias e nos ‘workshops’.

Entre os vários ‘workshops’ está um de escrita criativa para adultos que, segundo o vereador da Cultura, vai ter “uma réplica dentro de dias na Biblioteca Municipal para jovens que serão convidados a escrever 25 contos de Natal, que a autarquia publicará no próximo ano”.

Uma outra novidade da edição deste ano está na realização de um ‘cosplay’ (palavra inglesa que junta fantasia e interpretação) e que leva ao evento pessoas vestidas como os personagens de um tema em específico e, neste sentido, o Solar do Vinho do Dão recebe os aficionados de “Frozen” e de “Alice no País das Maravilhas”.


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