Açoriano Oriental
Ferraria concessionada por 3 mil euros ao Grupo Paim
Empresa do grupo terceirense fica com direito a explorar complexo termal por 15 anos, em troca de 3 mil euros anuais. Para já, termas permanecem encerradas
Ferraria concessionada por 3 mil euros ao Grupo Paim

Autor: Paula Gouveia
Três mil euros é quanto o Grupo Paim vai pagar por ano ao Governo Regional pela concessão das Termas da Ponta da Ferraria, segundo informação da Secretaria Regional da Economia.

Em troca, o grupo empresarial da Terceira fica com direito à exploração comercial e turística do complexo termal - que, além do spa termal, inclui restaurante, bar e piscina exterior - por quinze anos. Ainda segundo os termos do ajuste directo, o complexo termal só deverá manter-se em funcionamento durante a época alta, ou seja, de Abril a Outubro.

Recorde-se que, no início de Abril deste ano, o Governo Regional abriu concurso para a concessão das Termas da Ponta da Ferraria. O caderno de encargos do concurso previa a concessão, por cinco anos (renováveis por períodos sucessivos de dois anos, até 15 anos), das termas e das actividades de exploração de equipamentos e infra-estruturas de apoio à zona balnear, sendo salvaguardado que a utilização do parque de estacionamento e balneários de apoio às piscinas naturais permaneceria pública e gratuita.

A compensação financeira solicitada pelo Governo Regional era no mínimo 2500 euros por ano. Mesmo assim, não surgiram interessados no concurso. E, na mesma semana em que terminou o prazo para a apresentação de propostas, a Secretaria Regional da Economia admitiu que estava em negociações com duas empresas para um ajuste directo. A empresa GTSL – Gestão, Turismo, Serviços e Lazer, do Grupo Paim, foi a escolhida, beneficiando de um investimento público superior a quatro milhões de euros, custo das obras de remodelação das Termas e requalificação da Zona Balnear da Ferraria. As obras, uma intervenção conjunta das secretarias regionais da Economia e do Ambiente e do Mar, foram inauguradas a 5 de Junho passado. Mas, apenas a zona balnear está neste momento a ser utilizada. O complexo termal permanece encerrado. Segundo a Secretaria Regional da Economia, só será possível abrir ao público após terem sido obtidas todas as licenças necessárias, não havendo uma data prevista de abertura. Tentámos obter mais informações junto do Grupo Paim, mas contactos efectuados foram infrutíferos.

Leia esta notícia na íntegra no jornal Açoriano Oriental de Domingo,
Dia 27 de Junho de 2010

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