Açoriano Oriental
Falta de recursos humanos é o maior desafio dos Cuidados Paliativos

Maria do Rosário Vidal identifica a falta de recursos humanos como o maior desafio que os Cuidados Paliativos enfrentam atualmente e espera que a reestruturação do HDES atribua “melhores condições” à Unidade

Falta de recursos humanos é o maior desafio dos Cuidados Paliativos

Autor: Carolina Moreira

A médica responsável pela Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, Maria do Rosário Vidal, afirma que a falta de recursos humanos formados na área são o maior desafio do momento, mas enaltece o “trajeto” percorrido no maior hospital da Região.

Numa análise sobre o estado atual dos cuidados paliativos na ilha, Maria do Rosário Vidal salienta que o “trajeto no HDES foi muito, muito difícil, porque os recursos humanos têm que ter especialização e dedicação a tempo inteiro a esta área”.

“Os profissionais têm que ter tempo para se formarem e fazerem cuidados paliativos de qualidade. E numa altura em que esses recursos são necessários para outras áreas, como a Urgência por exemplo, percebo que para quem mande seja difícil direcionar os profissionais para os cuidados paliativos, porque há muitas outras necessidades”, afirma.

Contudo, a responsável considera que “jamais se apagará esse conhecimento que já está implementado e enraizado em São Miguel sobre os cuidados paliativos. Já estão estruturados e são reconhecidos pelos seus pares a nível nacional”, destaca.

Maria do Rosário Vidal ressalva ainda ter esperança de que a reestruturação planeada para o HDES atribua “melhores condições” à Unidade de Cuidados Paliativos que lidera.
“Temos um espaço relativamente digno, mas temos fé que com a reestruturação do HDES possa ainda evoluir para condições melhores, para podermos fazer investigação e formação - e já temos um papel na Universidade dos Açores que queremos aumentar”, salienta.

A responsável admite o desejo de “crescer no atendimento assistencial e no espaço” da Unidade, uma vez que atualmente há necessidade de “uma gestão muito rigorosa dos espaços para agendar todas as consultas”.

“No entanto, nos internamentos, temos quartos individuais e casa de banho privativa. Damos o mínimo de dignidade aos doentes e às suas famílias”, ressalva.

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