Exército conduz exercício para testar capacidade de reação a sismo

Duas pessoas foram resgatadas da Cova do Ladrão, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa, durante um simulacro de sismo que serviu para testar a capacidade de reação das forças de segurança, num exercício coordenado pelo exército



O exercício Fénix25 envolveu cerca de 30 operacionais, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa, da Cruz Vermelha Portuguesa, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Polícia de Segurança Pública (PSP), da Polícia Municipal, da Força Especial de Proteção Civil e do regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, num cenário de pessoas desaparecidas após um sismo.

“Todo o exercício serve para, além de testar as nossas capacidades, flexibilizar os diferentes agentes de proteção civil, criando uma interruptibilidade para quando for necessário, nós estarmos mais preparados para socorrer, neste caso os lisboetas”, disse o comandante do regimento de apoio militar de emergência do Exército português, coronel Tiago Lopes, que comandou o exercício.

O que os operacionais envolvidos no exercício enfrentaram foi uma zona inacessível a veículos, que exigiu que as "vítimas" fossem retiradas da ravina da Cova do Ladrão em macas puxadas por cordas, para depois serem assistidas no local numa ambulância.

Antes do resgate foi necessário localizar os dois desaparecidos numa zona de mato denso e nessa operação a ajuda veio de dois especialistas em busca e salvamento: dois cães do grupo operacional cinotécnico da unidade especial da polícia.

A Força Aérea garantiu que as comunicações entre todos os envolvidos não sofressem interrupções.

“Estamos a empenhar um destacamento de engenharia de aeródromos, que estão no cenário a abrir vias de comunicação com os meios de socorro aqui nas proximidades de Monsanto”, indicou o capitão do comando aéreo da Força Aérea portuguesa, Hélder Lima.

O simulacro de hoje decorreu no âmbito do exercício anual Fénix, que se realiza desde 2018, para testar a capacidade de resposta militar e civil a um cenário de um sismo de “grande magnitude" na zona de Lisboa.

O Fénix25 termina na sexta-feira tendo envolvido mais de 300 operacionais.


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