Açoriano Oriental
Taça de Portugal
Entrada de Liedson e mudança de atitude qualificam Sporting
O Sporting qualificou-separa a quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol, depois de vencer fora o Estoril por 2-1, mas foi preciso entrar Liedson e uma mudança de atitude coletiva para virar o resultado
Entrada de Liedson e mudança de atitude qualificam Sporting

Autor: Lusa/AOnline

Após uma primeira parte deplorável, o Sporting despertou para o jogo, que começou a ser ganho com alterações introduzidas por Paulo Sérgio, com as saídas ao intervalo dos apagados Zapater e Vukcevic (o jogo que fez pela seleção do Montenegro deve ter deixado marcas físicas) e as entradas de Diogo Salomão e Liedson.

Esta dupla deu outra dinâmica e agressividade ofensivas à equipa e criou problemas à defesa do Estoril, com os quais esta ainda não se confrontara. Um dos centrais do Estoril deixou de sobrar para a marcação à dupla atacante “leonina” por força da entrada de Liedson para formar dupla com Postiga e a defesa da casa nunca mais estabilizou.

Não foi surpresa que o golo do empate dos “leões”, alcançado aos 64 minutos, tenha tido a assinatura dos dois homens lançados por Paulo Sérgio ao intervalo: Diogo Salomão na execução do livre e Liedson na finalização.

Se é certo que Salomão deu outra velocidade e profundidade ao flanco, ao contrário do amorfo Vukcevic, e que Liedson desestabilizou a defesa local, a viragem no jogo deveu-se, também, a uma transformação na postura da equipa no seu todo, em termos de entrega e dinâmica de jogo.

Quando Postiga colocou o Sporting na frente do marcador, aos 78 minutos, já o Sporting estava a justificar a vantagem.

Mais fio de jogo, melhor adaptação ao terreno e mais vontade de ganhar foram os requisitos que o Estoril demonstrou para se superiorizar claramente ao Sporting durante a primeira parte e chegar ao intervalo a vencer com todo o merecimento.

Nesse período, o Sporting foi uma equipa amorfa, lenta, sem ponta de agressividade e imaginação, com um futebol previsível, razão pela qual não foi capaz de criar uma única oportunidade de golo ou sequer de perigo junto da baliza estorilista.

O melhor que o Sporting fez até ao intervalo, em termos de produção atacante, foi um remate de Abel de meia distância e um livre de Vukcevic, que passaram ao lado da baliza.

Quando o Estoril inaugurou o marcador à passagem do minuto 36, através de um golo de Alex Afonso, na sequência da execução de um livre, traduziu o que se passava em campo, com a agravante de os jogadores do Sporting não terem sido capazes tão pouco de reagir ao golo. A equipa continuou, olimpicamente, a fazer o seu jogo pastoso e sem fluidez.

Era óbvio para toda a gente no estádio que Paulo Sérgio iria ter não só se mexer na equipa do ponto de vista tático, mas também dar um safanão na mente dos jogadores, no sentido de os espicaçar e obrigar a dar mais do que o estavam a fazer.

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