Açoriano Oriental
Engenheiros técnicos preocupados com “resiliência” do edificado insular

OET alerta para a necessidade de inventariação e caracterização exaustiva de todo o edificado insular, já que grande parte deste não tem características antissísmicas suficientes

Engenheiros técnicos preocupados com “resiliência” do edificado insular

Autor: Paulo Faustino

O Conselho Diretivo dos Açores da Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET) alerta para a necessidade de inventariação e caracterização exaustiva de todo o edificado insular, já que grande parte deste não tem características antissísmicas suficientes.

“Torna-se numa obrigação de toda a população açoriana o acautelamento desse mesmo edificado, incrementando a sua resiliência, como garante do presente e transmissão aos vindouros”. A mensagem foi deixada no congresso regional dedicado à “Sismologia, Vulcanologia e a Engenharia na Gestão dos Riscos”, promovido pelo Conselho Diretivo dos Açores da Ordem dos Engenheiros Técnicos e que teve lugar na Vila de São Roque do Pico entre os dias 17 e 18 deste mês.

“Cabe-nos a todos, enquanto técnicos, responsáveis políticos, etc., abordar e esclarecer a população açoriana, trazendo até cá saberes e novos conhecimentos que propiciem a reabilitação do vasto edificado do arquipélago, dotando-o de características estruturais antissísmicas que lhe permitam resistir ao que, sem sabermos quando, inevitavelmente voltará a acontecer”, foi declarado no referido encontro. Onde a estrutura representativa da classe deixou claro que defende a realização de eventos do género regularmente nos Açores, “quiçá bienalmente”, de modo a permitir aos técnicos e aos decisores políticos uma atualização e divulgação do conhecimento no que respeita às temáticas da sismologia e do vulcanismo.

O objetivo é, “a partir daí, o desencadear de políticas e de ações concretas que visem a preservação da qualidade de vida dos nossos conterrâneos e das suas habitações”.
“A abrangência territorial dos membros da OET Açores habilita-nos a, enquanto Ordem Profissional, reafirmar o nosso compromisso técnico, ético e profissional na defesa da sociedade que nos acolhe e das vidas e do património construído pelos nossos conterrâneos”, acentua.

O congresso da OET nos Açores contou com uma centena de participantes, entre oradores, convidados, membros de outras Ordens e membros da OET, destacando-se a presença de várias entidades e autoridades de diversos quadrantes técnicos e políticos.


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