Açoriano Oriental
Encontrado corpo de homem desaparecido em Rabo de Peixe há nove dias

Homem de 39 anos desapareceu no dia 17 de novembro da sua residência em Rabo de Peixe e foi encontrado no mar, a uma milha da costa norte de São Miguel. PSP aguarda autópsia para apurar as causas da morte

Encontrado corpo de homem desaparecido em Rabo de Peixe há nove dias

Autor: Carolina Moreira

A Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou ao Açoriano Oriental que o corpo de um homem de 39 anos, desaparecido da sua residência em Rabo de Peixe há nove dias, foi encontrado no mar, a uma milha da costa norte da ilha de São Miguel.

O alerta à PSP foi dado por um civil pelas 11h30 de terça-feira, tendo a Polícia Marítima sido chamada ao local para recolher o corpo que deverá ser agora submetido a uma autópsia para serem apuradas as causas da morte.

Bruno Cabral saiu de casa pelas 18h00 do dia 17 de novembro e, segundo revelou a irmã ao jornal, “deixou para trás o cartão de cidadão e os óculos que andavam sempre com ele para todo o lado”.

Simone Cabral afirma que o irmão tinha um historial de dependência de drogas sintéticas e de conflitos na casa onde vivia com a mãe e irmãos, “por causa da droga”, tendo inclusive ameaçado vários membros da família e agredido um dos irmãos com um martelo. Razão pela qual a PSP era chamada com frequência à residência.

A irmã conta que no sábado, dia 16 de novembro, depois de ter causado novamente distúrbios, Bruno Cabral saiu à noite de casa e só voltou na manhã seguinte.

“Voltou e ficou todo o dia sentado à porta com uma faca na mão e a falar sozinho, como era habitual, porque ele já não estava no seu juízo. Tanto que foi a minha mãe que deu por falta dele, pelas 18h00, quando deixou de o ouvir”, revela.

Segundo a PSP, a família reportou o desaparecimento de Bruno Cabral a 20 de novembro.

Simone Cabral afirma que, desde então, procuraram e afixaram fotos do irmão “por todo o lado” e que já duvidavam da possibilidade de o encontrar com vida. A família deixou ainda críticas à atuação da PSP, considerando que não estava a “fazer nada” para encontrar o homem.

Antes do corpo de Bruno Cabral ter sido encontrado, a PSP revelou ao jornal que a investigação estava a decorrer com base em “pesquisa e recolha de informações” junto de familiares, vizinhos e conhecidos.

“A PSP não está a realizar buscas, por não existem fortes indícios de que esteja em determinado lugar. O indivíduo não tem telemóvel, o que não ajuda na localização”, revelou ontem de manhã o porta-voz da PSP.

Segundo o subcomissário Eurico Machado, a PSP de Rabo de Peixe tinha procurado por Bruno Cabral na vila e nas freguesias adjacentes, sem encontrar qualquer sinal do indivíduo, e que o processo havia tramitado para o Ministério Público da Ribeira Grande para que fosse desenvolvida uma investigação.

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