Durão Barroso avisa que UE tem de deixar de ser "adolescente geopolítico"

O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso defendeu que, face à “grave situação internacional”, a Europa “tem de deixar de ser um adolescente geopolítico” e avançar com a política de defesa comum



“A paz, que - nunca o esqueçamos, foi o fundamento e objetivo do próprio processo de integração europeia -, só será garantida se avançarmos, de facto, com a política de defesa comum, investindo substancial e inteligentemente em indústrias e capacidades”, advertiu Durão Barroso, que liderou o executivo comunitário durante dois mandatos (2004-2014).

A Europa “tem de deixar de ser um adolescente geopolítico e deverá assumir a dimensão político-diplomática e de defesa que a grave situação internacional urgentemente reclama”, argumentou, ao intervir na cerimónia dos 40 anos da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias, no Mosteiro dos Jerónimos.

“Cada um dos nossos países precisa da escala europeia. A simples dimensão nacional não chega, só a escala europeia permite e garante a proteção e projeção dos nossos valores e dos nossos interesses”, considerou o também antigo primeiro-ministro português.

No seu discurso, Durão Barroso deixou um aviso e um apelo: “É na União Europeia que se joga o futuro de Portugal e dos portugueses, assim saibamos estar à altura dos desafios”.


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O processo que investigou fraude no Serviço Regional de Saúde passou de 16 arguidos e 55 crimes para oito arguidos e 18 crimes, um número que pode baixar para seis arguidos se o Ministério Público aceitar a suspensão provisória do processo, proposto pelo juiz de instrução, ontem, durante a leitura da decisão instrutória.