Autor: Lusa/AO Online
A Colômbia anunciou que vai denunciar o ocorrido à Organização de Estados Americanos (OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU).
“As passagens fronteiriças são autorizadas pelos governos onde há alfândegas e demais controlos", disse o vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizales. "Quando encontramos em sítios não autorizados passagens improvisadas ou qualquer outro tipo de construção usada para o narcotráfico e para o contrabando, estamos obrigados a estabelecer a soberania.”
“Em nenhum momento entrámos em território colombiano nem se agrediu esse país", explicou. A Colômbia está "a tentar fazer-nos passar por agressores (…) tratando de ocultar a realidade que é que a Colômbia se converteu numa grande base militar 'ianque' que põe em risco a estabilidade de todos os países da América do Sul.”
Segundo a vice-ministra de Relações Exteriores da Colômbia, Clemencia Forero, estes “actos graves” vão ser denunciados à OEA e à ONU.
“Este facto constitui um acto unilateral e agressivo contra a população civil e as comunidades da fronteira e não conforme o procedimento através de mecanismos democráticos”, explica um comunicado do Governo colombiano.
A destruição das pontes têm lugar quando a Venezuela e a Colômbia vivem momentos de tensão política, com as relações comerciais “congeladas” desde finais de Julho último, por instruções do Presidente venezuelano, Hugo Chávez.
A 08 de Novembro último, Chávez pediu aos militares e aos civis que o apoiam que se preparassem para a guerra, depois de advertir os governos da Colômbia e dos Estados Unidos que os venezuelanos estão dispostos a tudo.
A advertência surge depois de Chávez ter tomado como também sua a frase do ex-Presidente cubano Fidel Castro de que os Estados Unidos "anexaram a Colômbia" com o tratado que lhes permite usar sete bases militares desse país.
"Não se equivoquem. Nós, os venezuelanos, estamos dispostos a tudo", disse.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ian Kellu, instou, recentemente, os governos de Caracas e Bogotá a “baixar o nível da retórica” e manifestou disponibilidade para mediar o conflito.