Autor: Lusa/AO Online
O próprio homólogo socialista, António Costa, aplaudiu o congénere comunista, Jerónimo de Sousa, algumas vezes durante a sua intervenção, no encerramento do debate parlamentar sobre o programa do XX Governo Constitucional, liderado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, Jerónimo de Sousa, enquanto um deputado do PSD empunhou um dos pequenos cartazes da manifestação pró-governamental: "Não à moção de rejeição".
"O PSD e o CDS não querem que se diga a verdade e se fale da realidade. O Governo PSD/CDS deixa um enorme rasto de destruição", afirmou o líder comunista, que se dirigiu diretamente ao chefe do executivo: "Não, senhor primeiro-ministro, não diga mais que os portugueses foram compreensivos perante os sacrifícios que os senhores lhes impuseram!".
Jerónimo de Sousa nomeou depois os alvos da destruição: "o trabalhador com o seu salário, rendimento e direito cortados, o pensionista ou reformado com a reforma ou pensão congeladas, a família confiscada ou que perdeu a sua casa, o desempregado sem emprego nem subsídio" até ao "pequeno e médio empresário arruinado, o pequeno agricultor e o pescador impedido de cultivar ou pescar", bem como "homens e mulheres da cultura e da ciência desvalorizados".
"Não só se lançam numa odiosa campanha de medo e chantagem, como procuram desde já proteger os seus mesquinhos interesses, como revela a distribuição antecipada de dividendos que alguns grupos económicos têm em curso, visando evitar a justa tributação fiscal a que deveriam estar sujeitos", continuou.
O líder do PCP declarou que "a esse cinismo de classe, em que se fala em nome do país para proteger interesses de uma pequena minoria", o seu partido quer "dizer basta!".
"Existe na Assembleia da República uma base institucional que permitirá ir tão longe quanto for a disposição de cada força política que a compõe para suportar o caminho da reposição de salários e rendimentos, da devolução de direitos, do reforço do acesso à saúde, à educação e à segurança social", entre outros objetivos.
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