Açoriano Oriental
Aeroporto do Porto
Detido funcionário por se recusar a passar sandes e fruta pelo raios X
Um supervisor de operações de socorro do Aeroporto Sá Carneiro foi hoje detido pela PSP por se recusar a passar uma sandes e umas peças de fruta pelo aparelho de raios X, ao entrar ao serviço, disse à Lusa fonte do SITAVA, sindicato do sector.
Detido funcionário por se recusar a passar sandes e fruta pelo raios X

Autor: Lusa / AO
Luís Magalhães, da Direcção do Sindicato do Pessoal da Aviação e Aeroportos (SITAVA), disse que o funcionário em questão decidiu levar alimentos para o posto de trabalho por estar a efectuar um tratamento que o obriga a alimentar-se de três em três horas.

"Trata-se de um funcionário com elevadas responsabilidades, já que tem a seu cargo a supervisão das operações de socorro, com muitos anos de serviço e devidamente identificado”, frisou Luís Magalhães sustentando que “os alimentos eram umas peças de fruta e umas sandes que podem perfeitamente ser examinadas visualmente".

O responsável do SITAVA sublinhou que o funcionário em questão "não se recusou a passar ele próprio pela máquina de raios X, apenas não permitiu a passagem dos alimentos, já que, dada a sua natureza, eram facilmente inspeccionáveis à vista".

A questão, segundo Luís Magalhães, “já foi debatida com as autoridades competentes” pelo que “nos aeroportos de Faro e de Ponta Delgada já se encontra instituído que os alimentos dos funcionários não passam pela máquina de raios X, sendo objecto de inspecção visual”.

“Aqui no Aeroporto do Porto a paranóia da segurança continua em grau máximo", frisou o dirigente sindical.

Segundo o SITAVA, o funcionário em questão foi detido e levado para o Tribunal da Maia, para ser submetido a interrogatório judicial.

"Está lá o nosso advogado, aguardamos a decisão do juiz, após o que a Direcção Nacional do SITAVA deverá reunir-se para tomar uma posição sobre este assunto", revelou Luís Magalhães.

Uma fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto confirmou à Lusa a detenção do funcionário "por desobediência à autoridade e não cumprimento das regras de segurança que regem a entrada nas áreas restritas dos aeroportos”.

A fonte acrescentou que o processo está a seguir os seus trâmites normais no Tribunal da Maia.
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