No passado domingo a garagem de uma casa situada na Rua das Arrudas, no Cabouco, ruiu na sequência de uma derrocada, obrigando a família residente na habitação a sair da sua casa, uma vez que se teme que esteja ameaçada. A movimentação de terras acabou por deixar obstruída a ribeira que passa nas imediações da casa.
Segundo Anabela Calisto, presidente da Junta de Freguesia do Cabouco, a casa foi construída em terreno rochoso, mas ao que parece as rochas estavam assentes em terrenos de barro e cascalho, que têm sofrido erosão ao longo dos anos.
A autarca explica que no próprio dia do desabamento de terra estiveram no local o director regional da Habitação, inspectores do Ambiente e fiscais da Câmara Municipal de Lagoa. Por segurança ficou decidido que a família não deveria permanecer na habitação, tendo o agregado familiar, composto por um casal e um filho, sido acolhido na casa de uma familiar.  Geólogos e a própria secretária regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, estiveram depois no local, na segunda-feira, para avaliar como será feita a desobstrução do curso de água e que intervenção exige o estado dos taludes. Segundo fonte da Secretaria Regional do Ambiente, foi pedido ao Laboratório Regional de Engenharia Civil um parecer sobre a segurança do local.  Anabela Calisto adianta que só depois de se aferir o grau de insegurança da zona é que se poderá decidir se a família deverá ser realojada ou se a casa pode ser habitada depois de obras no local afectado pela derrocada.