Autor: Lusa / AO online
A candidatura da Baixa lisboeta à distinção da UNESCO foi aprovada em 2005 pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), então presidida por Pedro Santana Lopes, mas o processo não avançou porque foi necessário garantir “uma proposta muito forte”, explicou o vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro do Urbanismo, que integrou o Comissariado da Baixa Chiado, responsável pela elaboração de um plano de intervenção para aquela zona.
Manuel Salgado adiantou à Lusa que a candidatura é uma proposta “a retomar, no âmbito da estratégia de reabilitação urbana” da Baixa, processo que esteve em consulta pública.
O vereador referiu que era necessário ter aprovado o plano de salvaguarda daquela zona, o que já está garantido.
Manuel Salgado lembrou que “a falta de um plano de salvaguarda e de um plano de gestão que garantisse que a recuperação seria feita” era uma das críticas apontadas ao dossiê de candidatura.
O vereador sublinhou que “a UNESCO, neste momento, está muito virada para o resto do Mundo”, em detrimento da Europa, pelo que uma proposta portuguesa deve ser muito bem preparada para ter mais garantias de que passará.
“Temos de ter uma proposta muito bem fundamentada para que possa ser uma proposta de sucesso”, acrescentou Manuel Salgado.
Na aprovação do dossiê final, em julho de 2005, a Câmara de Lisboa destacava que a candidatura da Baixa Pombalina a Património Mundial representava “uma oportunidade única para obter o reconhecimento internacional deste património histórico e monumental, que constitui parte integrante da alma e da identidade” da capital.
A área a classificar corresponde ao plano de reconstrução elaborado em 1756 - ano a seguir ao terramoto que destruiu grande parte da cidade – e compreende a zona baixa e central, que inclui, entre outras, as ruas Áurea, Augusta e dos Fanqueiros e as praças do Rossio, da Figueira e do Comércio. São ainda abrangidas a zona ribeirinha e a zona alta, que compreende o Chiado, assim como, a Ocidente, a zona envolvente a Chagas e Santa Catarina, e a Oriente, a zona confinante com a Rua de São Mamede.