Autor: Lusa / AO online
“Não se compreende como é que se vai implantar um terminal de cruzeiros dentro de um parque arqueológico onde, por legislação regional, são proibidas as obras que possam ter efeitos intrusivos e perturbadores nos vestígios arqueológicos”, sublinha o arqueólogo nesta carta.
Paulo Monteiro sustenta que também são proíbidas pela legislação “obras de construção civil, ampliação ou demolição de edificações e muros (...) ou outros resíduos sólidos que causem impacte visual negativo ou que poluam o solo, o ar ou a água”.
A posição do arqueólogo surgde depois de Carlos César ter afirmado quinta-feira que o governo regional decidiu que o Cais de Cruzeiros que vai ser construído na Terceira ficará em Angra do Heroísmo, frisando que "não haverá qualquer alteração da decisão".
Nesse sentido, salientou que os estudos encomendados não se destinam a saber se o cais será construído em Angra do Heroísmo ou na Praia da Vitória, mas visam exclusivamente a sua construção na Baía de Angra do Heroísmo.
Contra esta localização, Paulo Monteiro sublinha na carta dirigida a Carlos César que “ou o terminal de cruzeiros fica fora dos limites do parque arqueológico ou, sendo ilegais dentro do parque quaisquer obras e dragagens, será o mesmo executado sob a forma de um insuflável”.
O arqueólogo alerta ainda para “a forma vergonhosa como a Região Autónoma dos Açores deixa apodrecer há mais de 11 anos um dos mais importantes e dos mais bem preservados navios ibéricos até agora encontrados à escala mundial”.
“Nem sequer irei colocar em causa o porquê da construção de um terminal de cruzeiros no Porto de Angra do Heroísmo, em total desconformidade com os princípios da economia, da eficiência e da eficácia, quando tem o Porto Oceânico da Praia da Vitória, de águas profundas, a menos de 20 km de distância”, acrescenta.
Instado pela Lusa a pronunciar-se sobre esta questão, o presidente do Conselho de Ilha, António Maio, disse que, até ao momento, “o assunto apenas foi ventilado uma vez" neste orgão, acrescentando ter sido referido na altura que se aguardaria por um "estudo técnico” antes de tomar posição.
Da mesma forma, também o presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, Sandro Paim, adiantou que este organismo“ainda não tem uma opinião formada sobre o assunto", admitindo que ela possa vir a ser assumida numa reunião do Conselho de ilha.
Paulo Monteiro sustenta que também são proíbidas pela legislação “obras de construção civil, ampliação ou demolição de edificações e muros (...) ou outros resíduos sólidos que causem impacte visual negativo ou que poluam o solo, o ar ou a água”.
A posição do arqueólogo surgde depois de Carlos César ter afirmado quinta-feira que o governo regional decidiu que o Cais de Cruzeiros que vai ser construído na Terceira ficará em Angra do Heroísmo, frisando que "não haverá qualquer alteração da decisão".
Nesse sentido, salientou que os estudos encomendados não se destinam a saber se o cais será construído em Angra do Heroísmo ou na Praia da Vitória, mas visam exclusivamente a sua construção na Baía de Angra do Heroísmo.
Contra esta localização, Paulo Monteiro sublinha na carta dirigida a Carlos César que “ou o terminal de cruzeiros fica fora dos limites do parque arqueológico ou, sendo ilegais dentro do parque quaisquer obras e dragagens, será o mesmo executado sob a forma de um insuflável”.
O arqueólogo alerta ainda para “a forma vergonhosa como a Região Autónoma dos Açores deixa apodrecer há mais de 11 anos um dos mais importantes e dos mais bem preservados navios ibéricos até agora encontrados à escala mundial”.
“Nem sequer irei colocar em causa o porquê da construção de um terminal de cruzeiros no Porto de Angra do Heroísmo, em total desconformidade com os princípios da economia, da eficiência e da eficácia, quando tem o Porto Oceânico da Praia da Vitória, de águas profundas, a menos de 20 km de distância”, acrescenta.
Instado pela Lusa a pronunciar-se sobre esta questão, o presidente do Conselho de Ilha, António Maio, disse que, até ao momento, “o assunto apenas foi ventilado uma vez" neste orgão, acrescentando ter sido referido na altura que se aguardaria por um "estudo técnico” antes de tomar posição.
Da mesma forma, também o presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, Sandro Paim, adiantou que este organismo“ainda não tem uma opinião formada sobre o assunto", admitindo que ela possa vir a ser assumida numa reunião do Conselho de ilha.