Autor: Ana Carvalho Melo
O concurso para a empreitada de proteção da orla costeira da freguesia das Calhetas, concelho da Ribeira Grande, vai ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano, anunciou ontem a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
A obra, com um preço-base de 2,8 milhões de euros e um prazo de execução de 600 dias, prevê a construção de proteção marítima contra a ação direta da agitação marítima na base da falésia e de descarregadores de águas pluviais para conduzir as águas das chuvas para a base da falésia, além da limpeza e tratamento de terrenos na crista da arriba de forma a evitar as escorrências ao longo da falésia.
Esta intervenção vai ser realizada em duas fases, sendo que a primeira fase de intervenção abrange um troço de 180 metros, compreendido entre cerca de 40 metros a nascente da Rua Nova da Igreja e 50 metros a poente da Rua da Igreja.
“A intervenção começa forçosamente pela proteção da base, junto ao mar, para depois se proceder a uma estabilização de todo o talude, o que leva o seu tempo”, explica a secretária regional da tutela, Berta Cabral, citada em nota publicada no Portal do Executivo.
Segundo esta nota, já foi realizada a demolição de duas casas, situadas junto à igreja da freguesia das Calhetas, numa ação levada cabo pela Direção Regional das Obras Públicas em articulação com a Direção Regional do Ordenamento do Território e Recursos Hídricos, a Direção Regional da Habitação, a Direção do Orçamento e Tesouro, a Câmara Municipal da Ribeira Grande, a Junta de Freguesia das Calhetas e o Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC).
A demolição ocorreu na sequência de recomendações do LREC, pelo facto da estrutura remanescente das moradias estar localizada e a fazer pressão numa zona costeira fortemente erodida, de grande instabilidade e onde têm ocorrido várias derrocadas nas últimas semanas.
“Em
primeira instância, está a prudência e a salvaguarda da segurança das
pessoas e das infraestruturas, pelo que, conhecendo o parecer do LREC,
desencadeámos imediatamente todos os esforços para que as várias
entidades se coordenassem e interviessem dentro do seu âmbito de
competências”, explicou Berta Cabral.