Açoriano Oriental
Legislativas
Comissão Nacional do PS no sábado para aprovar calendário eleitoral e analisar resultados

A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas

Comissão Nacional do PS no sábado para aprovar calendário eleitoral e analisar resultados

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com a convocatória, a que a agência Lusa teve acesso, o presidente do PS, Carlos César, refere que depois do anúncio desta noite de Pedro Nuno Santos, após a pesada derrota do PS, convoca os membros da Comissão Nacional para esta reunião, que decorrerá sábado de manhã, em Lisboa, em local ainda a designar.

Da ordem de trabalhos faz parte a “análise da situação política face aos resultados eleitorais” de domingo e a “aprovação de calendários e regulamentos eleitorais”.

Entretanto, fonte próxima de José Luís Carneiro, que perdeu a disputa interna com Pedro Nuno Santos há quase um ano e meio, adiantou à Lusa que este “está a ser contactado por militantes do PS e pela sociedade civil”.

“É o momento de ouvir, ponderar e depois decidir. Está, como sempre esteve, disponível para servir o Partido Socialista e o País. Ele falará no momento oportuno”, acrescentou a mesma fonte, tendo a CNN entretanto anunciado que o antigo ministro dará uma entrevista esta noite.

O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.

As eleições legislativas antecipadas de domingo, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS e, no discurso no qual assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação já para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não se vai recandidatar.

Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer "ser um estorvo nas decisões" que o PS tem que tomar.

“Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.


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