Autor: Lusa/AO Online
Assim como o alargamento das condições de acesso ao subsídio de desemprego, embora defenda a necessidade de mais medidas para combater a pobreza.
"O aumento que o primeiro-ministro anunciou para as pensões tem um sentido positivo, mas para muitos reformados significa mais 4 ou 5 euros por mês, pois muitos deles têm pensões muito baixas, que os colocam numa situação económica muito frágil", disse à agência Lusa o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva.
O primeiro-ministro anunciou hoje no Parlamento que o Governo vai aumentar este ano as pensões até 630 euros em 1,25 por cento, subir em um por cento as pensões até 1.500 euros e prometeu alargar as condições de acesso ao subsídio de desemprego até ao final de 2010.
Carvalho da Silva salientou que o alargamento das condições de acesso ao subsídio de desemprego corresponde a uma reivindicação da CGTP, mas defendeu a necessidade de serem tomadas outras medidas para protecção dos desempregados, nomeadamente o alargamento do subsídio para quem terminou de receber a prestação mas continua sem emprego.
O sindicalista menifestou ainda o desejo de que o Governo cumpra o acordo estabelecido em concertação social para o aumento do Salário Mínimo Nacional para os 500 euros até 2011 e que tenha disponibilidade para discutir novos aumento desta remuneração.
A CGTP reivindica a fixação do Salário Mínimo nos 600 euros até 2014.
Em relação ao salário mínimo, Sócrates disse no Parlamento que o Executivo está "empenhado no cumprimento do acordo celebrado" em concertação social e que pretende definir novos objectivos de aumento progressivo do salário mínimo, num quadro de médio prazo.
O Governo anunciou ainda a criação de um novo fundo de 250 milhões de euros para as PME.
Carvalho da Silva disse à Lusa que o Governo deve promover o emprego com qualidade e deve apoiar as empresas, para evitar a destruição do emprego, "mas não à custa dos salários".
O sindicalista defendeu que a alteração do regime do IVA, a redução dos custos dos empréstimos para as pequenas empresas, assim como a redução dos custos energéticos e de telecomunicaçõe "é que são medidas eficazes de apoio às empresas mas não estão no programa de Governo".