Autor: Lusa/AO Online
“A integração do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos num lote restrito de centros que integram a rede de Centros de Ciência Viva do país, é um momento que muito prestigia a região e a ilha do Faial, em particular”, refere Alonso Miguel, citado num comunicado do Governo Regional açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
O protocolo de integração do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, como membro associado, na rede nacional de Centros Ciência Viva, foi assinado pelo secretário regional do Ambiente e Ação Climática dos Açores, na ilha do Faial.
O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos junta-se ao Expolab, instalado na cidade da Lagoa, na ilha de São Miguel, como membros associados da rede de Centros de Ciência Viva e como representantes da Região Autónoma dos Açores no conjunto de 21 centros em todo o território nacional.
“O vulcão dos Capelinhos representa uma das paisagens mais emblemáticas dos Açores, sendo o terreno emerso mais recente de Portugal, em resultado da erupção que teve início a 27 de setembro de 1957 e que se prolongou por 13 meses”, aponta Alonso Miguel.
Segundo o governante, trata-se de um fenómeno que “mudou o mundo, sendo o primeiro vulcão submarino a ser devidamente estudado e documentado durante toda a sua atividade, abrindo portas a uma melhor compreensão sobre formação de ilhas vulcânicas, despertando, por isso, desde sempre, o interesse da comunidade científica nacional e internacional”.
O vulcão dos Capelinhos foi classificado como Reserva Florestal Natural Parcial, nos anos 80, sendo mais tarde classificado como Monumento Natural, integrado no Parque Natural do Faial.
Integra ainda a Zona Especial de Conservação e a Zona de Proteção Especial da Caldeira e Capelinhos, no âmbito da Rede Natura 2000, e está reconhecido como “geossítio de relevância internacional do Geoparque Açores, integrado na Rede de Geoparques Mundiais da UNESCO”.
O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, inaugurado em agosto de 2008, é um espaço que valoriza o património científico e sociocultural, tendo um caráter informativo e didático, adianta o executivo regional.
“Este centro tem proporcionado, deste modo, a quem o visita, uma viagem interpretativa que dá a conhecer a erupção do vulcão dos Capelinhos, do ponto de vista geológico, as alterações provocadas na geomorfologia da ilha do Faial, bem como o impacto causado na vida dos faialenses e na sociedade açoriana”, afirma Alonso Miguel.
O titular da pasta do Ambiente nos Açores destaca ainda que, desde a sua inauguração, o Centro de Interpretação “tem sido alvo de diversas distinções internacionais, consolidando a sua posição como um exemplo de excelência em arquitetura, design e interpretação ambiental”.
“A associação à rede de Centros Ciência Viva, que hoje concretizamos, representa mais um passo importante na valorização e divulgação de um dos patrimónios geológicos mais relevantes a nível mundial, reconhecido como um dos 100 principais sítios de interesse geológico do mundo, pela União Internacional das Ciências Geológicas”, acrescenta.
Agora, como membro associado da rede Ciência Viva, no ano em que se comemoram os 67 anos do início da erupção, o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos “reafirma o seu compromisso para com a educação ambiental, a investigação científica e a promoção do turismo sustentável”, salienta ainda.