Açoriano Oriental
CDS-PP defende "reestruturação profunda" da RTP/Açores
O líder do CDS/Açores, Artur Lima, defendeu uma "reestruturação profunda" da rádio e televisão pública no arquipélago, considerando que "como está, não pode continuar".
CDS-PP defende "reestruturação profunda" da RTP/Açores

Autor: Lusa/AO online

 

Artur Lima, que falava durante uma declaração política na Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, entende que é preciso "corrigir, reestruturar e adequar a RTP/Açores a um verdadeiro serviço público".

"Manter a RTP/Açores obriga a uma reestruturação profunda rumo ao aumento da qualidade e à eficiência, ao seu apetrechamento tecnológico e reestruturação dos quadros de pessoal", insistiu.

No seu entender, é também necessário reestruturar os quadros de pessoal da empresa, que apresentam, nalguns casos, custos "verdadeiramente escandalosos", e combater a "evidente pressão política e partidária que é exercida sobre as respetivas redações".

Mas o "fundamental" e "mais urgente", acrescentou, é dotar a rádio e televisão dos Açores com os meios técnicos e as infra-estruturas físicas que permitam a produção de informação e de outros conteúdos com "elevada qualidade".

Durante o debate parlamentar que se seguiu, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que há poucos dias recebeu o ministro com a tutela da comunicação social, Poiares Maduro, em Ponta Delgada, reafirmou que a Região "está disponível para abordar várias soluções" tendo em vista o futuro da empresa.

"O Governo Regional não está fechado numa solução e não quer a constituição de uma empresa regional ou entrar no capital social de uma empresa pública, em parceria com a RTP", esclareceu Vasco Cordeiro, dizendo que o desejo do executivo açoriano é que o serviço público de rádio e televisão nos Açores tenha condições para "desempenhar o seu papel cabalmente" e possa "realizar o seu potencial".

José Andrade, da bancada do PSD, apontou as contradições do discurso do PS e do Governo Regional sobre a solução para a RTP/Açores, e que, em seu entender, revelam a indefinição que existe sobre o futuro da empresa.

"Na última campanha eleitoral, defendiam uma empresa 100% pública e 100% regional. No início deste ano, admitiam uma empresa com 51% da região e 49% da República e agora já não importa as percentagens e estão disponíveis para analisar qualquer solução", afirmou.

Antes deste debate, a deputada Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, tinha apresentado um voto de protesto no Parlamento por Poiares Maduro não ter visitado as delegações da RTP na Terceira e no Faial, durante a sua deslocação a São Miguel.

"A única coisa que o senhor ministro cá veio fazer foi dizer que ia haver despedimentos na RTP/Açores e que havia trabalhadores a mais", afirmou, acrescentando que Poiares Maduro comprometeu-se, durante uma reunião com representantes do parlamento regional, a visitar todas as delegações da empresa, para se inteirar dos seus problemas.

Mas o voto do BE foi chumbado pela maioria dos partidos (PS, PDS, CDS e PPM), que entenderam que o assunto não era suficientemente relevante que justificasse um protesto formal por parte do parlamento.

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