Autor: Luís Pedro Silva
Um número elevado de açorianos e filhos de açorianos, que
 obtiveram a licença de condução nas Bermudas, continuam a precisar de 
obter uma nova carta de condução quando regressam à Região. 
É que os
 títulos de condução emitidos nas Bermudas não são válidos em Portugal, 
porque não se encontram abrangidos pela Convenção de Genebra sobre 
Trânsito Rodoviário de 1949, nem pela Convenção de Viena de 1968. 
Também
 não existe um Acordo Bilateral, entre Portugal e as Bermudas, que 
permita reconhecer os seus títulos de condução, em regime de 
reciprocidade. 
A informação foi avançada pelo Ministério das 
Infraestruturas e da Habitação, que tutela o Instituto da Mobilidade e 
Transportes, em resposta a um requerimento apresentado pelos deputados 
do PSD/Açores, Ilídia Quadrado e Paulo Moniz, na Assembleia da 
República. 
A deputada Ilídia Quadrado explica que ao longo dos 
últimos meses contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, 
Ministério da Administração Interna e Ministério das Infraestruturas e 
da Habitação, com o objetivo de avaliar a possibilidade de reconhecer as
 licenças de condução emitidas nas Bermudas. 
Atualmente, ainda não 
existe esse reconhecimento em Portugal, por isso, Ilídia Quadrado vai 
continuar a sensibilizar o poder político nacional e a comunidade 
açoriana nas Bermudas para se formalizar um acordo bilateral. 
A 
criação deste acordo é um enorme desafio político, mas poderá ser a 
resposta a muitos problemas sentidos por açorianos e filhos de açorianos
 que regressam das Bermudas. 
“Estamos disponíveis para tentar ajudar
 em tudo o que for possível. Estou disponível para alertar o Ministério 
do Negócios Estrangeiros para esta situação excecional e perceber se 
existe a possibilidade dos títulos de condução das Bermudas serem 
reconhecidos em Portugal”, explicou a deputada Ilídia Quadrado, em 
declarações ao Açoriano Oriental. 
A deputada do PSD/Açores refere 
que este processo tem sido trabalhado, em articulação com a Direção 
Regional das Comunidades, liderada por José Andrade, com o objetivo de 
garantir uma resposta às solicitações apresentadas na Região. 
“É algo que perturba quem vem de férias, mas também quem regressa. Quem vem de férias nem consegue alugar um carro”, frisa.
 
                     
                 
                                                 
                                                 
                                                